Medo de fazer xixi

Na minha estreia aqui na coluna Elas por Elas, quero conversar sobre um problema delicado que pode atingir mulheres de todas as idades. A incontinência urinária, frequentemente associada à faixa etária mais avançada, é causada por diversos fatores como o desequilíbrio hormonal, infecção urinária, diabetes, obesidade, entre outras patologias.

Por causar desconforto e um grande constrangimento social, as mulheres acometidas pela doença deixam de frequentar lugares que gostariam por saberem que vão perder urina. Mas não é preciso se apavorar, pois a solução para o problema não se resume em comprar fraldas geriátricas. Depende muito do diagnóstico. A primeira coisa que deve ser avaliada é a queixa da paciente, considerando ainda que há diferentes formas de manifestação da doença.

Uma delas é chamada de “incontinência de urgência” e está relacionada às patologias de base, como tumores pélvicos, doenças metabólicas entre outros fatores e caracteriza-se quando a mulher perde urina sem esforço físico. Nesses casos, é preciso tratar as doenças causadoras e posteriormente a incontinência urinária.

Já a “incontinência de emergência” ou stress ocorre quando a mulher faz algum tipo de esforço. Por exemplo, quando está em repouso não há incontinência, mas se ela for dançar, tiver relação sexual ou praticar alguma atividade física, ocorre a perda de urina. É esse tipo de abordagem que vai definir o tipo de tratamento.

A primeira orientação para evitar o desconforto da incontinência urinária é, obviamente, ter hábitos saudáveis e estar sempre atenta a qualquer tipo de situação estranha quando se fala no trato urinário, afinal como conversamos, a doença não aparece só na fase senil da mulher. Por ser um assunto delicado, com uma extensa gama de causas, é importante evitar a automedicação, procurar um médico para tratamento correto e, por fim, viver tranquila sem o medo de momentos constrangedores na hora de segurar o xixi.

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