Nem sempre é fácil olhar para dentro, para os comportamentos e pensamentos que não gosta em si, para as próprias dificuldades, frustrações, inseguranças, … Numa tentativa de se proteger, muitas pessoas fogem do seu “eu”, ignorando os problemas por se sentirem confusas ou ameaçadas. Mas tentar ignorar os próprios conflitos, problemas ou dificuldade não funciona e costuma gerar prejuízos emocionais e nos relacionamentos. Podemos fugir de várias coisas nessa vida, mas não de nós mesmos. Rejeitar o que há dentro de si torna a pessoa alienada de quem ela “é”, revelando na maioria das vezes um autoconhecimento precário e imaturo, podendo levá-la a projetar nos outros aquilo que na verdade é dela mesma.
Pessoas assim costumam interpretar a realidade de forma distorcida, como por exemplo:
*A pessoa não consegue perceber as suas ações. Quando ela perde o controle, agindo de forma inadequada ou agressiva, diz que o outro quem se comportou desse jeito.
*Acha que os outros são responsáveis e causadores dos seus problemas, em vez de assumir a sua falta de preparo, habilidade, ação ou motivação para as suas conquistas.
A pessoa com esse perfil torna os momentos difíceis em problemas muito maiores do que realmente são. Fica presa em seu próprio sofrimento emocional. Olha para o mundo e para os outros com medo ou raiva. Sente-se ameaçada por tudo e por todos, mas na verdade o perigo está dentro de si. O risco está na dificuldade de encarar, lidar e enfrentar os próprios os seus fantasmas, emoções e feridas emocionais. Não conseguir encarar as suas dificuldades a deixa vulnerável emocionalmente e reativa as situações que ocorrem com ela (gerando conflitos de relacionamento na vida pessoal e profissional). Isso pode levar a sintomas de ansiedade, depressão, estresse…
É importante o autoconhecimento e a autoreflexão sobre a forma que age e reage ao mundo. É fundamental o acompanhamento com o psicólogo quando a pessoa sente que não consegue “se entender” ou se reconhecer nas suas ações.