Caminhando dias atrás observei uma mulher correndo em minha direção, claramente estava mancando e com dificuldade em realizar a atividade, quando se aproximou notei que utilizava um estabilizador no joelho, aqueles equipamentos que são recomendados em caso de lesão na articulação ou após cirurgia. Perguntei a ela se estava com dor, respondeu imediatamente que sim, questionei se havia procurado atendimento médico, não hesitou em dizer que não era necessário, que esse tipo de dor faz parte de seus treinamentos. Finalizando, perguntei se era atleta de alto rendimento, a resposta foi negativa, treinava apenas como manutenção da saúde, estética e qualidade de vida.
Caro leitor, existe uma barreira entre ser atleta de alto rendimento e realizar exercícios visando saúde, infelizmente venho observando ultimamente um equívoco de conceito. Indivíduos que treinam visando bem estar realizando atividades próximas aos limites do ser humano, utilizando métodos que são recomendados para atletas, que visa rendimento não saúde.
Vários métodos que são aplicados em atletas não são saudáveis ao cidadão comum a longo prazo, entretanto esses indivíduos passam por acompanhamento de profissionais de diversas áreas da saúde, que são especialistas na prevenção e tratamento de lesões causadas pelo esporte rendimento.
O caso citado nessa coluna é um exemplo claro que os limites da saúde devem ser respeitados, não é recomendado realizar qualquer tipo de exercício com dores, os períodos de recuperação entre atividades deve ser observados, alimentação deve ser adequada e principalmente quem prescreve atividade deve ter consciência das diferenças entre exercício rendimento X exercício saúde.
Converse com seu instrutor, tenha muito claro seus objetivos e lembre-se que um programa de exercícios que não respeita o corpo humano pode ser prejudicial ao invés de proporcionar saúde.