Ainda é comum ouvir a seguinte frase: “Faça natação, é o exercício completo”. Os exercícios no meio líquido são excelentes, principalmente em relação à melhoria da capacidade cardio-respiratória, além da sensação bem estar promovida aos seus participantes. Entretanto, outros pontos devem ser observados.
Em função das características genéticas, alguns possuem melhor capacidade de executar exercícios de longa duração, outros de velocidade e força, assim como boa parte da população se sente à vontade em realizar atividades de características mistas.
Você leitor pode sentir desconforto em realizar corridas ou longas caminhadas, mas sente prazer em realizar corridas em curto espaço de tempo e grande velocidade, assim como outros se sentem à vontade participando de desportos coletivos, que normalmente possuem as mais variadas características.
A explicação dessas diferenças é que possuímos combinações genéticas distintas. Assim como no esporte de alto rendimento um corredor de maratona de alto nível não será um grande atleta em corridas de 100 metros ou levantamento de pesos, pois as características das fibras musculares estão voltadas para a resistência.
Na última coluna, comentei sobre uma senhora que encontrou seu bem estar no Taekwondo, o que não ocorria quando ela participava de atividades em academias tradicionais. A lição que trazemos desse caso é que os exercícios de combate foram perfeitos para as suas características genéticas, assim como pode não ser para você que lê a coluna nesse momento.
O importante, é que todas as atividades trazem benefícios pra saúde, seja correr, caminhar, futebol, vôlei, lutas, atividades em academia, treinamento funcional, natação, hidroginástica, etc. O desafio é descobrir qual delas lhe proporciona maior prazer.
O que os estudos vêm demonstrando nas últimas décadas, é que o exercício de força é fundamental para a manutenção do movimento. Após os 30 anos, observa-se uma redução da massa muscular, que também causa impacto em relação ao tecido ósseo. Recomenda-se a realização de exercício com sobrecarga ininterrupta até o fim da vida. Nesse caso não tem jeito: é preciso realizar mesmo que não seja prazeroso.
Na próxima coluna vamos tratar sobre exercício físico na infância, seus benefícios e conseqüências negativas em relação à sua falta.