Biografias e o BBB

A polêmica das biografias continua. Entre um vai e não vai sem fim, a Associação Procure Saber, formada por figurões da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Djavan, está vendo aos poucos sua pirâmide ruir. Os ataques de Caê a Roberto Carlos – em sua coluna no jornal carioca “O Globo” – fizeram com que o Rei, que falou ao “Fantástico” sobre a intenção de escrever uma autobiografia, largasse o grupo na última terça-feira (05).

A discussão a respeito dos direitos autorais e de imagem veio à tona, mas ninguém fala deles propriamente. Até que ponto escrever sobre a vida de uma pessoa pública é quebrar a privacidade dela? Não está tudo ali, na internet, à disposição de quem bem entender? Não necessariamente, mas enfim, a partir do momento que apareceu na TV, tocou no rádio ou virou fenômeno web, as pessoas querem saber quem é o que faz essa “celebridade”.

O interesse pela vida alheia não é nenhuma novidade, vide o sucesso que fazem reality shows como o “Big Brother”, em que o intuito nada mais é que observar o dia a dia de uma dezena de pessoas. Portanto, nada mais natural que as biografias também se transformem em um fenômeno de vendas, como tem acontecido nos últimos anos. Agora, se o biografado em questão tem ou não algo de útil a dizer, já são outros quinhentos e não cabe a mim julgar.

Mas vamos lá, muito tem se falado a respeito, nada tem se feito e nada muda. O que se vê é a poeira ainda levantada sobre um assunto que está com os dias contados, e deve sair da pauta, infelizmente.