O catador de alegrias – Adeus Tio Marcelo

Nesta semana, a vida me levou a minha pessoa preferida nesse planeta: meu tio Marcelo… Mas a memória do seu riso fácil e da sua imensa capacidade de amar e de levar a vida com leveza permanece, aquecendo meu coração e dando forças para prosseguir.

Meu tio, que era meu pai também, era um catador. Não de coisas, mas de bons momentos, de sorrisos. Ele também catava tampinhas para os projetos que eu apoio, mobilizando uma rede de afeto que se estendia de seus amigos e fsmiliares até o balcão do Bar da Preta, lá de Pontal do Sul. Ele dizia:” chego la e ela ja me entrega as tampinhas, os lacres de latinhas que ela guardou…nao se esqueça de levar. Estão no porta-malas do carro!”

Cada vez que eu chegava em sua casa, havia uma sacolinha me esperando, deixada por “alguém”. E era ele o grande articulador dessas gentilezas.

Tio Marcelo era o astro das minhas redes sociais, mesmo que sem querer. Ele posava para as fotos que eu pedia. “Olha lá onde você vai pôr essa foto”, dizia, para logo em seguida soltar aquela gargalhada gostosa que era sua marca registrada. E quando eu contava que ele estava “bombando no Insta”, a risada vinha de novo…”onde isso foi parar?”

Ele era o “fofo da Cema”, que virou o fofo de todos nós. Todas, simplesmente TODAS as minhas amigas viraram suas sobrinhas. Vocês ja viram adoção de tio? Sim, aqui tinha isso!!! Faz pouco tempo que ele me disse, enquanto eu contava uma história de alguma delas: “bem que você podia chamar suas amigas, reuni-las aqui. Gosto delas!!!” Eu perguntei quais delas era pra chamar e ele me respondeu: “Ahhhh, chame todas!!!”

Era aquele da casa sempre cheia, que sabia viver de forma leve e ensinava a gente a fazer o mesmo, despretensiosamente. Transbordava boas energias e era dono de uma simplicidade descomplicada: um clipe de papel de tamanho grande, guardado no bolso, prendendo o dinheiro era sua “carteira”.

Ele era meu porto seguro, a pessoa que mais me mimava e cuidava. Era meu fã número um, e eu, sem dúvida, a dele. Um tio que foi pai, em todos os momentos da minha vida, desde quando eu ainda tinha os dois.

Ele partiu, mas o “gatinho de Pontal do Sul” viverá para sempre em cada lembrança, em cada gargalhada que ecoa na memória e em cada coração que ele tocou. E foram muitos…

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Uma publicação compartilhada por Ana Zattar (@anacatacomigo)

Até um dia!

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