Vitória do “cincão”

Pagando 5 reais, 39 mil coxas foram ao Couto Pereira nesse exótico horário das 11 horas de sábado, e viram o Coritiba ganhar do Cuiabá por 2×1, pela Segundona.

E foi por pouco que o simbólico preço de “cincão” não acabou saindo caro demais. Desordenado, inseguro e às vezes inferior ao Cuiabá, o Coritiba teve que buscar na influência de um erro da arbitragem, a solução para a vitória. O pênalti de Igor Jesus não marcado tornou rústica a imagem da vitória, embora seja essa que prevaleça.

Na volta de Rafinha, Rodrigão brilhou, marcando os dois gols dos coxas. Sem a euforia de uma arquibancada subsidiada, o time alviverde voltou a ser instável. Muito mais com tendência a erros, em especial, de organização tática, provou que está longe do estágio necessário para voltar ao Brasileirão.

Nem sempre um árbitro estará à sua disposição para resolver os seus problemas.

Coerência

Ser coerente, em um conceito simples, é manter-se leal às suas idéias, mantendo-as conexas. Já há algum tempo, sou contrário a posição do Athletico – que, sob o pretexto de prioridades, escala times reservas para jogos importantes. Como eu, a maioria dos atleticanos gostaria de ver o Furacão jogando em condição de normalidade.

E essa idéia de equívoco se reforça quando, por simples detalhes, acaba sendo derrotado, como ocorreu na Baixada, quando foi melhor que o Corinthians, mas perdeu por 2×0.   

Contra o Flamengo, neste domingo (26), no Maracanã, o fato se repete: não querendo se expor a riscos em razão do jogo contra o River Plate, que pode lhe dar o título da Recopa, vai montado em um time reserva. Nem mesmo Santos, Léo Pereira e, talvez, Wellington mascaram a idéia de um time secundário.

Mas, depois da vitória sobre o River (1×0) e, a perspectiva concreta de ganhar a Recopa na quinta-feira (30), no Monumental de Nuñez, os atleticanos que pregam ao contrário da proposta do treinador Tiago Nunes seriam incoerentes ao afirmarem que ela está absolutamente certa.   

O futebol, às vezes por ter como única verdade a vitória, perturba conceitos imutáveis. Para esses atleticanos de “almas coerentes”, dou-lhes uma defesa: Nelson Rodrigues deixou como lição que no futebol “toda a coerência é, no mínimo, suspeita”.  

 Coerente será ganhar a Recopa.

+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!