Vitória da honra

Deus foi testemunha: por 2×1 sobre o Vitória, em Salvador, Atlético ganhou a sua primeira partida (talvez, única) fora da Baixada nesse Brasileiro.

A vitória já não era mais só questão de números. Já era questão de honra derrotar o irracional que vencia a própria razão do futebol. Afinal, não tinha mais como explicar que um time tão brilhante, aplaudido por todo o Brasil por seu futebol sem conservadorismo, não ganhasse uma única partida fora da Baixada.

E nem precisou ser brilhante. Precisou apenas de jogar com a consciência de que tinha obrigação de ganhar por ser superior ao Vitória. Afinal, às vezes, a lógica não atua sozinha, é preciso que lhe de mão para puxá-la. O gol contra de Ramon e o belo gol, pela jogada, de Bruno Guimarães, colocaram o Furacão, outra vez, em paralelo com a razão.

Queima de livro

Se não for factoide, mas fato verdadeiro, qualquer proposta de Mario Celso Petraglia de mudar o mínimo da identidade do Clube Atlético Paranaense será derrotada pelos conselheiros do clube. É a conclusão que se chega pelas mensagens trocadas entre eles por redes sociais. Eles não querem entrar para a história como colaboradores diretos desse projeto de queimar livros para apagar a história do Furacão.

Desta vez, juram: não irão se omitir. Melhor assim, ensinou Padre Antonio Vieira no famoso Sermão da Primeira Dominga do Advento: “Pelo que fizeram, se hão de condenar muitos; pelo que não fizeram, todos”.

Nos bastidores, Petraglia continua insistindo: quer mudar o vermelho e preto da camisa para vinho, o nome de Clube Atlético Paranaense para Paranaense e a marca CAP para P.

Sugiro ao cartola que aproveite essa sua fase de alucinações e mude o seu nome de Mário Celso Petraglia para Mauro Cesar Petróleo. Ficaria o MCP de que tanto gosta.

Dignidade

O Paraná cedeu o direito de jogar na Vila, mas não entregou a alma. Contrariando a todas as previsões e desmentindo, talvez, a si próprio, fez o seu único bom jogo neste Brasileiro.

Em Londrina, empatou a um gol com o Palmeiras, num jogo que se ganhasse seria justo. Saiu na frente com gol de Keslley porque era melhor taticamente. E sofreu o empate em gol de pênalti cobrado por Scarpa. Os jovens do Paraná provaram que, logo, o Brasil terá um campeão sem brilho.

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