Velha arma

Foto: Albari Rosa

O Coritiba joga no Couto Pereira contra o fraco Brasil de Pelotas. É previsível que ganhe, e ganhando, é possível se aproximar ainda mais da liderança da Segundona. No futebol, fatos previsíveis e possíveis não devem ser especulados. Precisam acontecer.

A questão mais importante não é, então, uma nova vitória e a liderança. É outra: esses fatos serão consequência natural da evolução técnica do time?

Não se pode dissociar essa ascensão dos pontos somados no Couto Pereira. Quase 80% de tudo o que ganhou, foram influenciados pelo exercício do direito de mando de campo. Então, as vitórias estão sendo consequência muito mais da influência da torcida, do que pelo comportamento técnico do time. Para vencer o Figueirense, precisou da ajuda do arbitro que não marcou a falta de Rodrigão, da sorte, no primeiro gol, de uma bola desviada, e de duas defesas de Muralha.

E vejam só como é o futebol. Incapazes de gerenciar o futebol coxa, os dirigentes apostaram no mecanismo em reduzir o valor do preço do ingresso. O que parecia um assistencialismo, tornou-se o instrumento que o Coritiba sempre teve: os coxas lotando o Couto Pereira. É uma antiga arma que não enferruja. E, em uma Segundona, faz prevalecer um elemento que já, em regra, não influencia: a tradição.

Vai mesmo?

A cessão dos direitos do vínculo de Jhonny Lucas deve ser finalizada nas próximas horas. O destino do jogador tricolor é o Sint-Truidense, da Bélgica. O valor do negócio é 1 milhão de euros, em duas parcelas de 500 mil. A segunda só será paga em janeiro de 2020. Mas, o Paraná, angustiado, não irá esperar. Arrumou um empresário carioca, que cobrando juros de agiotagem, irá antecipar o valor. Os direitos que pelo contrato do atleta valiam R$30 milhões, acabarão reduzidos a R$2,8 milhões.

Julgamento

Thiago Heleno. Foto: Albari Rosa.
Foto: Albari Rosa.

A Conmebol instruiu o processo, mas não ofereceu decisão do doping de Camacho e Thiago Heleno. Não me surpreendeu. O caso se tornou complexo a partir da confissão de culpa do Athletico. Não há precedente igual no futebol, sem que exista um responsável.