Uma vitória de Tiago Nunes

Na Baixada, pela semifinal da Sul Americana, Atlético 2×0 Fluminense.

Tiago Nunes, segundo a mente do seu patrão, por ser um conservador, é inferior a Fernando Diniz, que seria igual a Guardiola. Feliz do Furacão que não é dirigido por Diniz. Melhor Tiago ser só Tiago. Talvez, nem com Guardiola teria sido irrepreensível como foi nessa vitória sobre o Fluminense.

Não teve brilho, ao contrário, foi rústico. Pode parecer contradição, mas foi perfeito para a necessidade que o jogo exigia. Sem poder sofrer gols, porque comprometeria qualquer vitória, não correu riscos.
Metódico, às vezes humilde, não se importou a ser submisso ao domínio tricolor. Jogando com essa consciência, sabia que o gol seria uma consequência natural. E foi, com esse modo perfeito de jogar, que criou a jogada com Cirino pela direita para Renan Lodi marcar no 1º tempo.

O Furacão voltou para a etapa final com a mesma humildade. Consciente de que jogar bem era ganhar sem sofrer gols, manteve-se impassível, frio, quase gelado. Com um jogo de marcação atrás, atraia o Fluminense. Poucas vezes um time foi tão fiel ao domínio do seu treinador, em um ambiente de paixão, como o Atlético teve o domínio de Tiago Nunes.

Depois que Wellington substituiu Lucho González, Bruno Guimarães avançou para armar o time. Então, o jogo mudou. O Furacão deixou de ser humilde e foi para em cima do Fluminense, sufocando-o. Com Rony no lugar de Cirino, tomou conta da área carioca. Foi então, que uma bola cruzada por Léo Pereira encontrou Rony, que fez o segundo gol. Pablo, ainda, chutou uma bola na trave. O jogo terminou com a bola dominada pelo Furacão.

Antigamente diziam que 2×0 era um resultado perigoso.

Queria sempre sair ganhando uma disputa por 2×0.

Bruno Guimarães foi simplesmente perfeito.

Só não foi melhor do que o seu orientador: Tiago Nunes que, segundo seu patrão, é inferior a Fernando

Diniz, que é igual a Guardiola.

O Furacão é tão grandioso que consegue vencer essas mentes perigosas.