Uma vitória ao natural

Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

No futebol, quando o objetivo de competição é reduzido por um título antecedente, resta o orgulho de exibir a grandeza. Foi esse orgulho que deu a mão ao Athletico e o tornou imponente no Maracanã, ganhando do Fluminense por 2×1.

Lembrei do título da Copa do Brasil. Por um lado, a conquista provocou no Furacão orgulho e confiança; por outro lado, respeito com traços fortes de intimidação aos adversários.

O time de Tiago Nunes, sem ter que se afastar de seu estado natural, foi impositivo, e submeteu o Fluminense ao seu domínio durante os 93 minutos.

Bem por isso, o gol imediato do Fluminense ao começo do jogo, de Frazan, foi tratado pelos atleticanos com uma dose de indiferença. Isso ocorre quando um time é consciente da sua capacidade. O gol de empate era para ser o de Rony, mas o VAR corretamente anulou. E sem traumas, assim, ao natural, no fim da etapa inicial Madson recebeu um passe de “50 metros” de Wellington, e empatou: 1×1.

No segundo tempo, o Furacão não impôs só respeito, mas jogou intimidando o time carioca. Daí, de uma bola de escanteio cobrado por Rony, Madson outra vez marcou. Athletico 2×1.

Não é soberba e nem paixão do cronista, mas diante da soberania do Furacão, foi um fato tão natural que até a explosão dos sentimentos foi contida. E o Athlético terminou como começou: dando um show de individualidade e tática, de físico e espirito, saindo aplaudido do Maracanã.

É coisa de grande.

Madson foi o melhor em campo.

Inoportuno

O executivo Paulo André foi a uma universidade em São Paulo dar palestra. Anunciou que o Furacão será campeão do mundo em 2024, que Mário Celso Petraglia será o CEO do Athletico S/A e que Tiago Nunes será o técnico. Paulo André, sem conhecimento de causa, porque o projeto de lei da S/A não interessa ao clube por exigir tributos, falou sem ter autoridade funcional por ser um simples funcionário e sem ter autoridade histórica. O que será do futuro do Athletico, só os atleticanos podem dizer e decidir.