Um jogo, outra história

Foto: Albari Rosa.

Cada jogo é uma história, é uma antiga informação de vestiário, que o futebol não consegue afastar. Passando de geração para geração, sempre está lá. Nunca essa máxima pode ser adotada para tratar, em tese, como no jogo da noite de hoje na Baixada, entre Athletico e Boca Juniors, pela Libertadores da América.

Uma das lembranças mais fortes dos atleticanos nos últimos tempos continua sendo a vitória por 3 a 0 sobre os Xeneizes na fase de grupo. No futebol, o mesmo fato, às vezes, se repete, embora sempre com outro roteiro. As diferenças objetivas para o jogo de hoje (times e esquema tático) não devem intervir como fundamentais, embora não esteja em campo Renan Lodi, que foi a alma do Furacão.

Há uma outra diferença, a mais relevante. Naqueles 3 a 0, ocorreu a intervenção de um elemento que presumo já desapareceu: desconhecendo (ou desprezando) o poder do Furacão na Baixada, tratou-o apenas como um curioso internacional. Lá, naquele jogo, quando os argentinos sentiram que o Furacão era real, já estavam goleados. No jogo o returno do La Bombonera, foi preciso a concorrência do árbitro para ganharem de 2 a 1.

Entendo que a referência para, em tese, projetar o jogo desta noite, deve ser o de La Bombonera, um jogo igual. O Athletico deixou de ser um simples curioso. Então, uma derrota já não pode mais ser absorvida como absolutamente natural. Esse fato, tornando-o mais grandioso, aumenta a sua responsabilidade de vitória.

Segundona

O Paraná ganhou (1×0), em Florianópolis, do Figueirense, com gol de pênalti cobrado pelo excelente João Pedro. Não é pouca coisa. Não pela vitória em si, pois há cinco jogos o time de Matheus Costa vem ganhando. É grande coisa pelo jogo que fez. Um jogo de líder. Ainda estou em estado de surpresa.

No Couto, o Coritiba, outra vez, aos trancos, ganhou do Vila Nova por 2 a 0. Não é grande coisa. Todos que têm o objetivo de subir, terão que vencer o pobre Vila Nova. Só alcançara um equilíbrio, ganhando em Ponta Grossa.