Quase pronto

Qualquer jornalista teria que ver o Athletico jogar contra o Guaraní, do Paraguai, sem esgotar a análise no próprio jogo.

Necessariamente, teria que vê-lo, projetando-o para a estreia na Libertadores, contra o Tolima, lá na Colômbia, na terça-feira de carnaval.

O Furacão ganhou de 3×0, o quer não quer dizer muita coisa. Quando não se trata de Cerro e Olímpia, não se pode levar muito em consideração os paraguaios.

Mas, o jogo jogado que fez no primeiro tempo, anunciou que já está recuperando a estrutura de time, que existia com Pablo e Raphael Veiga.

E digo mais, sem ofensas às minhas próprias saudades. Os argentinos Marco Ruben e Tomás Andrade são sugestivos. Ruben, conta a sua história, é um fazedor de gols. E é o que está fazendo os gols do Furacão. E, esse rapazinho Tomás, não é nada, não é nada, está no nível de Raphael Veiga.

O que me deixa apreensivo é Tiago Nunes usar Camacho, quando tem Erick. De Cirino, não tenho mais traumas. O tempo passa, e os atleticanos terão que morrer abraçados com ele.

O Furacão está pronto ou não para a estreia na Libertadores?

Se Lucho González e Jonathan jogarem, estará pronto.

Renan Lodi: não há no Brasil, um lateral esquerdo melhor do que ele.

Proposta indecente

Por serem os responsáveis pelo crime do Ninho do Urubu, os dirigentes Flamengo, em nome do clube, ofereceram às famílias dos jogadores cremados, o valor de R$400 mil reais a título de danos morais e a pensão mensal de um salário mínimo até quando o falecido completasse 30 anos de idade.

O valor proposto por danos morais é desonesto. Passados quinze dias da cremação dos corpos, a redução do impacto emocional incentiva os dirigentes a desvalorizar a consequência do ato.

Sabem os cartolas que um dos absurdos da reforma trabalhista é tomar como referência o valor do salário do empregado para arbitrar o valor do dano moral. No caso eram meninos que ganhavam uma ajuda de custo.

Não me surpreende essa conduta dos dirigentes do Flamengo. São tratados como vítimas, e não como culpados.