Opinião

Por enquanto, na pandemia, o Furacão jogou muito pouco

Augusto Mafuz analisa vitória do Athletico na semifinal do Paranaense | Fabio Wosniak/Site Oficial

Houve um tempo que quando o Furacão ganhava de 5 a 1, em quaisquer circunstâncias, contra qualquer adversário, eu colocava-o acima de qualquer suspeita. 

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O Athletico, na Baixada, ganhou do Cascavel por 5 a 1. E, assim, tornou o jogo, em Cascavel, apenas em fato de regulamento. 

A torcida rubro-negra que me entenda. Quando se alcança a idade da razão, temos o direito afastar a ilusão que sempre é provocada por uma goleada. Se a vitória fosse simples, talvez, teria mais valor sob o aspecto técnico, do que a goleada. Um jogo equilibrado com reflexos no resultado, provoca mais desafios, mostra mais as virtudes porque houve resistência contrária. Mas, quando a goleada é consequência das diferenças naturais de um time em relação ao outro, é preciso ser analisada com reservas. O Athletico que goleou o Cascavel, não jogou mais e nem menos do que jogou na goleada contra o Londrina (5×0). Como lá na quinta, ontem, ganhou muito mais pelas profundas limitações da “Serpente”.

Dirão que o importante é vencer.

No caso do Athletico, não. Para quem vai jogar o Brasileiro, a Libertadores e a Copa do Brasil, é preciso primeiro jogar. Por enquanto, na pandemia, o Furacão jogou muito pouco. Para o que vai precisar, quase nada. Repito: quando um time ganha com dois de Bissoli e Marquinhos Gabriel exige-se cautela para esperar por um bom futuro.

Nikão, agora, com um pouco de Citadini, outra vez, carregou o time nas costas.

Conto os dias para Walter jogar.

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