Opinião

Petraglia, o bruxo

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

O presidente do Athletico, Mário Celso Petraglia vai cumprindo a promessa que fez em dezembro de 2019, e bem antes do primeiro caso do COVID-19: esse 2020 não será de compra, mas de venda. Guardou em segredo o motivo.

E, por isso, foram embora Bruno Guimarães (Lyon), Léo Pereira (Flamengo) e Robson Bambu (Nice). E agora pode ir embora o meia Léo Cittadini (Valência), esse, por R$ 45 milhões. 

Como as coisas na vida mudaram em decorrência da peste, o que se tratava de uma imputação de desmanche, agora, tem que ser tratado como uma defesa a Petraglia:  confirmando o negócio de Cittadini, o Furacão, durante a pandemia, terá garantido o valor de R$ 80 milhões e, até agora, no ano da desgraça, próximo de R$ 200 milhões brutos.Valores dessa natureza, em época de crise, tornam-se muitos mais significativos.    

Os efeitos da peste, ainda, não chegaram com toda a intensidade, mas, já há clubes que não declaram insolvência porque, ainda, não precisaram entrar em campo.  

A força desses efeitos irá ser sentida após a pandemia. É que os jogos e o dinheiro da Globo irão criar uma normalidade que na pratica será falsa. No máximo, ilusória. Mas, será o bastante para despertar as torcidas que voltarão a pressionar os cartolas e os times por vitórias e títulos. E a maioria não terá condições materiais para enfrentar a pressão popular. E a pressão digital que é exercida sem o ônus de associação será mais potente que a presencial da arquibancada.

Ao afirmar que 2020 não era ano de comprar e sim de vender, o que Petraglia estava prevendo? Se era a peste, então teve um feliz momento de “bruxo”. Era só o que faltava!

Uma notinha

Saindo do meu quadrado, provoca-me a atenção do movimento “Pró-democracia” que tem como referência a torcida organizada do Corinthians. Um dos seus porta vozes, afirmou que o segmento aceita todas as adesões, menos a de Sergio Moro. 

Pergunto: não foi Moro que acabou com a pior das ditaduras que é a da corrupção, e que era a base do projeto de poder da esquerda de Lula?

Lembrei daquele que nunca morre Millôr Fernandes: “Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”.

Desculpe, mas como diria o “seu Aldemar Vigário”, daquele facho de luz que não apaga Lucio Mauro, eu só queria entender.  

Outro dia

Mais um dia passou sem que o Coritiba divulgasse o seu balanço contábil.  Com o controle dos conselheiros, o presidente Namur vai jogando para frente o importante ato. Essa demora vai acabar virando contra a diretoria. É que a responsabilidade cresce na mesma proporção da expectativa. Há muito, no Coritiba, um conselho deliberativo não era controlado pela presidência.  

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