A perda da razão

A última notícia sobre o Atlético é igual a todas as outras anteriores: as brigas entre Mário Celso Petraglia e a organizada “Os Fanáticos”. A intransigência do clube para enfrentar o que já se transformou em um grave problema para o Furacão, já lhe retira a razão que sustentava as suas posições.

Às vezes eu me pergunto: Em algum momento, Petraglia teve um sentido de vida, que não fosse o de ganhar dinheiro? De uma coisa eu tenho certeza: nunca foi a busca pela felicidade. Pois, a minha impressão, é a de que o único sentido de vida de Petraglia não é nem o ganho do dinheiro, mas a de provocar questões que lhe permitem exercitar o seu espírito que projeta ódio, por meio de choque e revanchismo.

Explica-se, aí, ser contra torcida organizada, contra torcida adversária, contra tudo e contra todos. O Atlético não bate público negativo de graça. Transformou-se em um clube triste.

Esses atos agressivos contra os direitos dos atleticanos, privando-os de liberdade dentro da Baixada, ainda vão acabar muito mal. E se ocorrer um dano para o clube, não se culpem os torcedores, organizados ou não. Há uma escancarada provocação de Petraglia.

Três pontos

O Coritiba joga no Couto contra o CSA. E porque o time de Maceió é o quarto da zona de acesso, o treinador Argel Fucks falou: “É jogo de nove pontos”. Entendo o sentido da afirmação. É uma figuração da importância do jogo em razão da posição do CSA.

Mas isso não é coisa para treinador falar.

Pode ser para jogador, deve ser para a imprensa que abusa de linguagem figurada, tem que ser para a torcida que se ilude, mas não para o técnico. É que uma afirmação como essa, aumenta a tensão de um time que já tem dificuldades técnicas para ganhar.

Entre as responsabilidades do treinador, está a de tratar tudo dentro da realidade. E se a realidade do Coritiba não consegue manter uma vitória sobre o Figueirense, não pode criar uma disputa que não existe, que é a de “nove pontos”.

O Coritiba joga por três pontos.

Se ganhá-los, o que é provável, irá melhorar, mas não resolver a sua vida. Há os times, inclusive o Londrina, que estão à frente do Coritiba.

Essa literatura boleira de Argel torna as coisas mais confusas.