O razoável é pouco

Em Campinas, pela Segundona, Guarani 2 x 1 Coritiba. Não dá para afirmar que os coxas nada jogaram ou pouco jogaram. E, é aí, que está o problema: depois de superar o impacto do primeiro gol do Bugre, até que conseguiram equilibrar. Passando a jogar no seu limite, que é o razoável. Só que no futebol, o razoável no máximo equilibra o jogo. E para ganhar fora de casa, precisa um pouco mais. De atenção, o que a defesa não teve no segundo gol do Guarani no início do segundo tempo.

A consequência da derrota foi a mesma de outras: sair da zona de acesso. O Coritiba vai terminar o 1º turno com um método perigoso, que é essa alternância: um dia está entre os quatro, outro dia está fora. Já é o momento de decidir o que quer. Sabe-se que quer ficar dentro, mas a vontade precisa de um pouco mais de futebol.

Celebridade

Não entendi bem qual o objetivo da oração final do programa Fantástico, apresentado pelo notável Tadeu Schmidt. Foi defender Neymar ou criticá-lo? Bem resumido, lembremos: a mensagem foi para afirmar que “Neymar lutou” pelo Brasil. Mas, precedendo ao arremate da matéria, exibiu vários vídeos que torcedores de todo o mundo tratam o craque com ironia, rolando pelo chão. É perda de tempo essa providência de defesa.

A imagem Neymar como jogador foi absorvida pela imagem de celebridade. Os seus excessos pessoais não são compreendidos como consequência dos benefícios da profissão de atleta, mas de ostentação. Pode até não ser essa a intenção do grande jogador, mas é o que o povo pensa.

Retrocesso

O Atlético é um desafio à razão. Quando os seus números reclamam a contratação de bons jogadores, eis que seus dirigentes declaram oficial o retorno de Marcelo Cirino. Mais do que desafiar a razão, vai contra o bom senso. A volta de Cirino em qualquer situação, mas em especial pela atual situação, acaba adquirindo um caráter provocativo à torcida. Cirino é um que a torcida não queria de volta. E retorna, depois de uma carreira de fracassos por Flamengo, Internacional e Arábia. Mas há quem na Baixada entenda que é o que os atleticanos merecem: Marcelo Cirino e Bérgson no ataque.