O Furacão vive

Furacão passou às quartas de final da Copa do Brasil. Foto: Hedeson Alves

A partir da próxima fase, a milionária Copa do Brasil será possível só para os eleitos. E o Athletico estará entre eles. Um tempo atrás, esse fato entraria no roteiro como surpresa. Agora, integra-o como um hábito de quem se acostumou com a obrigação de ganhar em razão da sua natureza de grande.

Depois do majestoso jogo que fez contra o Fluminense (3×0) e após esta vitória sobre o Fortaleza (1×0), que lhe mantém com vida na Copa do Brasil, fiquei com uma dúvida: a razão do Athletico ter reagido com naturalidade à perda da Recopa para o River foi por que não tinha maiores ilusões de vitória ou por que encontrou força mental para reagir?

Qualquer que seja a resposta, entendo que há grandeza nessa reação. Se foi porque jogou consciente de que a exceção seria vencer o Millonario, carrega a virtude da humildade; se foi porque encontrou emoção para reagir, traz a virtude da superação.

Então, jogando com a técnica que está jogando em razão do comando de Tiago Nunes, com a esperança de que não seja tão grande o desmanche que se supõe com as saídas Léo Pereira, Bruno Guimarães e Lodi, é possível espera que o Furacão viva com intensidade no restante das competições de 2019.

O Furacão ganhou do Fortaleza, mas passou por desconforto. A simplicidade do 1×0 escancarou um problema: o lateral-esquerdo Renan Lodi é a mão que balança o berço. Sem ele pelo lado esquerdo, por onde o esquema é dirigido para atacar, esvazia-se. Sem Lodi, e tendo que recorrer a Bruno Nazário, Brian Romero e Marcelo Cirino, o Furacão teve que suar mais a camisa e voltar ao velho chuveiro. Foi então, que a alta de Madson foi descoberta por Marco Ruben, que mostrou que o seu beneficio é bem maior do que o seu custo.

Negócios

Os atleticanos querem saber quem o Furacão irá negociar na janela de transferência: só Bruno Guimarães, só Lodi ou só Léo Pereira? Ou os três? Não sei. Mas fazia tempo que os olhinhos de Petraglia não brilhavam tanto.