Eis dez jogadores do Atlético Paranaense entrando na Baixada: uma camisa amarela cobrindo a rubro-negra e projetando a mensagem: ‘Vamos todos juntos por amor ao Brasil‘. Entre eles, destaca-se o zagueiro Paulo André por vestir um agasalho preto e nele gravado o CAP.
Imprimiu-se ao ato, um caráter político. Interpreta-se que pelo amarelo e pela mensagem, o Atlético estaria manifestando o seu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro. E Paulo André, que quis destacar o vermelho do CAP muito mais em referência ao PT, do que ao do Furacão.
Interpretar ou presumir as intenções do ato é hipocrisia: o seu caráter foi de apoio a candidatos. E, por isso, um procurador do Tribunal Esportivo pensa em denunciar o Atlético e Paulo André.
Não foram poucos os jogadores, que por redes sociais, manifestaram apoio para um ou outro candidato.
Não há lei para censurar o ato.
Nem a Lei Pelé dispõe uma censura, não há norma interna da CBF. Há quem busque na norma da FIFA a ordem para alcançar o ato. O espírito que lhe deu origem é o de combater as manifestações de ódio, violência, intolerância e extremismo. O de proteger o futebol, do discurso populista, que incentiva a infiltração do neonazismo, do racismo, e dos conflitos étnicos.
No Brasil, fala-se muito em Democracia, mas ninguém quer ou consegue conceituá-la nos dias de hoje. Por conveniência, jogam-se no lixo os ensinamentos gregos. Seja qual for a interpretação, o seu conceito não transige com a liberdade de expressão e ideológica, que integram os direitos fundamentais do homem.
Fracasso
Paulo Rink se encostou, outra vez, em Petraglia para ter o apoio da torcida do Atlético à sua candidatura a Deputado Estadual. Foi um fracasso de urna. O fato significa dele ou de Petraglia junto à torcida do Furacão?
Escolha
O jornalista Juarez Vilela Junior, atleticano dos grandes, escreveu: “Segundo turno tá igual Brasileiro 1985. Ninguém sabe como chegaram lá, mas agora é Coxa ou Bangu”.
Não seria igual ao Brasileiro de 2001, quando chegaram Atlético e São Caetano?
Entendo que não, mas poderia ser.