Se há um pouco de exagero na comparação, perdoe-me. Mas é o que me ocorre. É possível dizer que há 22 anos começou a ser construído, aquele que bem pode ser marcado na história do futebol brasileiro, como o Novo Mundo. Se há exageros, eles acabam aqui, porque os seus princípios, com o tempo, ficariam queimados diante daqueles que sustentaram os ideais de George Washington, Thomas Jefferson, John Adams e Benjamin Franklin.

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Há 22 anos, com seus princípios e os seus credos, Mário Celso Petraglia iniciou uma revolução no futebol brasileiro. É possível afirmar, que criou um Novo Mundo, através do Clube Atlético Paranaense. Há 22 anos, o Atlético e Petraglia já fizeram de tudo: derrubaram dois estádios, construíram duas arenas, várias vezes campeão paranaense, 5 vezes disputando a Libertadores, campeão do Brasil, vice da Libertadores, o clube suspenso por um ano, e Petraglia excluído do futebol por acusação de suborno de árbitros. Não sei se estou cometendo um pecado, mas afirmo: com Petraglia, o Furacão nesses 22 anos jogou no campo de Deus e do diabo. Talvez, se não fosse assim, tudo continuaria como antes.

Esse resumo é relevante para concluir que tudo o que concerne a Petraglia tem relação com o Atlético, e em consequência, com os atleticanos. Por esse histórico, é impossível dissociar o dirigente do Atlético e dos atleticanos. A relação é tão forte e tão profunda, que se estimula um certo messianismo ou uma seita, chamada, “petralismo”.

Então, ao fato.

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As redes sociais foram inundadas com a repercussão do Blog do Paulinho. Está lá: “Polícia Federal quer prisão de Mário Celso Petraglia em inquérito que investiga esquema milionário de “lavagem de dinheiro”.
A notícia vai além: remete o leitor às peças do inquérito. Dessas, destaca-se a decisão da doutora Gabriela Hardt, Juíza Federal substituta da 13ª Vara de Curitiba, ao quebrar os sigilos bancário e fiscal dos envolvidos. No relatório da Polícia Federal associa-se Petraglia ao Atlético. É investigado, também, o advogado João Ricardo Cunha de Almeida. Cito o nome de João Ricardo pela explicação que darei a seguir.

Não entro no mérito do caso, não é por medo, porque do contrário era simples relevar o assunto, e não é para poupar Petraglia, pois não teria nenhum motivo. Afasto-me dos elementos de fundo, porque esse inquérito não nasceu de uma investigação regular da Polícia Federal, embora isso não torne os investigados menos culpados.

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Foi instaurado por uma carta anônima, com cópias de um processo do divórcio de João Ricardo Cunha de Almeida. Se as cópias chegam à imprensa de forma anônima (eu as recebi há dois anos), sinaliza um interesse pouco saudável, que não o de denunciar um ilicito, mas de se aproveitar da denúncia pública dele para tirar vantagens.

A pergunta é: o que tem haver o Atlético com tudo isso?

Amanhã respondo.