A nova (e velha) aposta

O cartola Mário Celso Petraglia acabou de fazer 75 anos de idade. Vendo-o na ESPN, a impressão de quem não o conhece, é a de que iria fazer 80 anos. Talvez, tenha sido a maquiagem que, às vezes, envelhece disse certa vez a inesquecível Marilia Pêra. Sejam 75 ou 80, pouco importa: “Vida longa ao rei”.

Se já era inteligente, com a idade, acrescentou ao velho dirigente um novo adjetivo: matreiro. Ninguém como ele no futebol brasileiro, sabe usar as oportunidades para manter o mundo do faz de conta. Não se trata de oportunismo, mas de arranjos, que acabam criando para si um ambiente de sossego. Se tem um dirigente tranquilo nesse início de 2019, sem ser perturbado pela torcida é Petraglia. Com o título da Sul Americana do Athletico, ninguém o perturba.

Matreiro, adapta a “Lei de Vampeta”: faz de conta que contrata e a torcida acredita. O Athletico começou 2019 com 50 milhões de reais na sua conta bancária. Sem obrigações imediatas de pagamento (a única que tem, a da Baixada, ainda entende que não deve pagar), e com um faturamento certo de 100 milhões de reais em razão do seu rico calendário, esperava-se um razoável investimento no time.

O único investimento do Furacão foi cumprir a obrigação de manter o treinador Tiago Nunes, a sua única estrela. De resto, não afastou-se da natureza de apostador de Petraglia. Dos novos jogadores, tudo é aposta. Para impressionar a torcida, está empilhando argentinos, como se todos fossem Lucho Gonzalez. E nenhum que chegou, não amarra as chuteiras do fio condutor das idéias de Tiago.

As cartas dessa nova aposta começarão a ser jogadas. Hoje, contra o General Diáz, um time de suburbio de Assunção (Luque), o Furacão começa a jogar esse jogo matreiro. A propósito, onde anda Lucho Gonzalez? Não o vejo nas imagens de treino, não o vejo entrevistado com tantos argentinos chegando, e não irá ser visto na estreia o campeão sul americano em 2019.
Sem Lucho, esse Furacão perde um pouco a graça.

Segredo

Como é forte a “imprensa paranista”. Passou o mês de Janeiro anunciando a ida de Jhonny Lucas para a Europa por 4 milhões de euros. Afinal, foi vendido ou não? Por que razão está ajudando o Paraná esconder o fato verdadeiro?