Noite de fracasso

Daniel Alves e Thonny Anderson. Foto: André Rodrigues

Na Baixada, o Athletico perdeu para o São Paulo, 1×0.

Os mais apaixonados dirão que o treinador Tiago Nunes errou a primeira vez ao projetar o Furacão para cima do São Paulo, com Marcelo Cirino e sem Marco Ruben. Dirão ainda que o treinador errou a segunda vez quando deixou Cirino e tirou Rony para entrar Marco Ruben.

Sem paixão, poderia concordar. Cirino estraga o Furacão, porque qualquer esquema que se adote, por melhor que seja, trata ele como referência. Das três chances que o Rubro-negro teve, duas foram jogadas fora por Cirino. No futebol, não há milagres.

Mas, por que o Athletico acabou sendo Cirino e mais 10?

O jogo já passou, o Athletico já perdeu, e tudo ficou no passado. Então, a derrota para o São Paulo foi o menor dos problemas.

Mas há uma pergunta presente: como enfrentar e vencer o São Paulo de Daniel Alves, desse notável Liziero, mais Juanfran, Antony e Vitor Bueno, com Madson, Pedro Henrique, Wellington (o pior em campo, outra vez), Cirino e Tomás Andrade? E, com esse Adriano, um negócio de Paulo André, que vai custar R$ 250 mil por mês até dezembro de 2020?

O futebol às vezes surpreende, mas em regra não desafia a razão. O fraco Wellington assistiu Liziero fazer a jogada que acabou com o gol de Vitor Bueno. É uma questão de qualidade na decisão. O Furacão dominou o segundo tempo, criou chances e terminou o jogo perdendo gols. Qual a razão? É, também, uma questão de qualidade na decisão.

Até o magnifico Bruno Guimarães foi vaiado. Um crime.

Os únicos que restaram do Furacão de 2018 foram Tiago Nunes, Léo Pereira e Bruno Guimarães. A verdade é que o Athletico, depois do doping de Tiago Heleno e Camacho, por responsabilidade de Márcio Lara, nunca mais foi o mesmo. Os jogadores não são bobos.

E, se não bastasse, outra vez o Athletico foi um fracasso de público. O time de maior torcida de Curitiba levou 16 mil à Baixada. Os outros foram tricolores. E ontem não foi em razão do dinheiro, porque o São Paulo vale o preço. Foi em razão do sentimento do torcedor que não acredita mais nas promessas de Petraglia.