Explicações?

Coxa e os problemas “psicológicos”

Foto: Fábio Conterno/Foto Digital/Tribuna do Paraná

Encontro guardadas na caixa postal muitas mensagens dos coxas, provocando-me sobre a razão para ter ignorado a derrota em Manaus, que eliminou o Coritiba da Copa do Brasil.

Tenho uma razão absoluta: o que iria escrever? Há fatos que marcam uma geração. Essa derrota de Manaus, não importa o futuro, é daqueles fatos que marcam e não saem mais. Se em “Casablanca”, para Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, “sempre haverá Paris”, para os coxas sempre haverá Manaus.

O fato já estava ficando na conta do passado, quando leio uma entrevista do professor Barroca. Não tendo como explicar a nova derrota (3×2), agora, para um semi-amador, como Cascavel CR, o treinador atribuiu a responsabilidade à emoção abalada pela derrota em Manaus.

Nem bem começou a carreira, Barroca já está impregnado pelo vírus espalhado pelos treinadores da antiga. Esses, nas derrotas, encaminhavam as desculpas para o campo de fatos subjetivos, entre os quais, a sorte, o azar e os problemas psicológicos.

Por serem fatores que não conseguiam distinguir, torcedor e crônica ficavam em dúvida.

No futebol brasileiro, pelo que ganha hoje, o jogador pode ter os mais diversos problemas, menos o “psicológico”, originado por uma derrota antecedente. Nos excessos do profissionalismo do futebol, só há um vínculo entre jogador e clube: o massari (dinheiro, em árabe), como dizia meu pai João. E, assim mesmo, se o clube paga em dia.

Em 2018, o Paraná manteve Rodrigo Pastana no comando do futebol, e deu no que deu: para atender mais interesses pessoais do que do clube, Pastana foi contratando à granel. Deu no que deu: o Paraná voltou à segunda divisão.

Embora seja cedo, a analogia é inevitável.

Sem nenhum critério, o mesmo Rodrigo Pastana que comandou o futebol do Coxa na ascensão ao Brasileiro, está fazendo no Couto o que fez na Vila. Empilhando jogador sem nenhum critério, está colocando o Coritiba no caminho de volta à Segundona.

Não sei qual a relação entre Barroca e Pastana. Teimo em acreditar que vá além do ambiente profissional, sem misturar interesses.

Da forma que está sendo passivo com os erros de contratações, logo vai chegar o momento, que será vez de Barroca ter “problema psicológico”.

De primeira

Uma fonte ligada ao Athletico me conta que para as contratações Paulo André só indica, mas que as negociações são do executivo Rodrigo Gama Monteiro, advogado de Márcio de Lara. Paulo André, Márcio de Lara e Gama Monteiro juntos, “em um só coração”? Voltaremos ao assunto.