No Beira-Rio, pelo Brasileirão, Internacional 1×1 Athletico.
No final, imaginei esse jogo jogado antes do VAR. Nesse retrocesso, o Inter teria vencido. Em regra, muito mais pela paixão do que pela razão, praguejamos o VAR. Pois definitivamente afirmo: a paixão nos induz à erro de julgamento.
Pela razão, o VAR está corrigindo equívocos por má interpretação e e equívocos por má intenção. No meu jogo imaginário, o gol de Guerrero que seria o 2×1 para o Internacional, teria sido validado, não obstante o impedimento de Nico López.
Entrando no campo real, o empate no Beira-Rio foi justo, porque Furacão e Colorado foram iguais. Se o Inter teve a posse de bola, o Athletico ocupou os espaços de campo. E o futebol, na lição de Cruyff, nada mais é do que a ocupação de espaços.
Impressiona a personalidade do Furacão. É tão forte que, às vezes, nem dá tempo de sofrer. Jogue onde jogar, na Baixada ou no Beira-Rio, o gol que toma parece ser apenas um mero detalhe do roteiro. A sua capacidade de reação é imediata. Sofreu o gol de Lindoso, mas de imediato também, como se fosse outro detalhe empatou com Rony, tudo no primeiro tempo.
Se o segundo tempo foi um pouco alterado, foi mais pela expectativa de esperar pelo VAR. Na correção do pênalti de Márcio Azevedo, que Santos defendeu, e na correção da não confirmação do gol de Guerrero.
O jogo terminou com o Furacão fazendo do Inter seu freguês de 2019.
O goleiro Santos foi o melhor do Beira-Rio.
O leão do dia
O treinador Jorginho entende que o Coritiba tem que “matar um leão por dia”. Concordo – em especial, porque a Segundona é uma selva.
Em Ribeirão Preto, joga contra o Botafogo, sem o direito de empatar. Pela obrigação matemática de que terá que vencer fora do Couto, o Botafogo é o leão quase amansado.
Jorginho está muito preocupado em explicar o esquema tático. Na Segundona, precisa de um discurso emocional.
Jorginho, até agora, está no mesmo equivoco de Louzer: propor o jogo com troca de passes. Na Segundona, tem que propor o jogo com alma.