Furacão no tranco

Para Mafuz, Bruno Guimarães vem levando o meio-campo do Athletico nas costas e, assim, não rendendo o que pode. Foto: Jonathan Campos

Poucos foram os vestígios que ficaram do Furacão da Arena Grêmio. Fracos, nada que não pudesse ser compensado com os fatores influentes da Baixada.

A vitória por 1×0 sobre o razoável Atlético-MG acabou sendo o resultado lógico e justo para um jogo de iguais. Muito corrido e pouco jogado, foi decidido pelos goleiros: enquanto Cleiton falhou no gol de Marcelo Cirino, o rubro-negro Santos, no final, fez defesas sequenciais, que só seriam normais no campo do improvável.

Mas, o torcedor atleticano, que não espere para logo a melhor versão do Furacão. E, talvez, tão próximo não a terá. O lateral Adriano tem qualidade, mais por experiência do que outras virtudes. Aos 34 anos, não será para o Athletico o que Lucho foi até o ano de 2018.

O treinador Tiago Nunes anda confuso em busca de uma solução para o meio-campo. Sem Camacho, obriga-se a escalar o pouco operante Wellington. E, sem um outro meia, adota o perigo da improvisação. Agora, foi com Thonny Anderson, um jovem refugado pelo Grêmio.

Quando Renato Gaúcho não quer um jovem, não é bom sinal para quem o recebe. Seria melhor insistir com Nikão, ou então, com Matheus Rossetto, que é melhor que Nazário. Bem melhor seria Petraglia abrir o caixa e investir em um grande meia.

E esse estado confuso repercute diretamente na queda do único grande jogador do time, o precioso Bruno Guimarães. Obrigado a jogar por todos do meio, não está conseguindo jogar nem para si próprio. Com essa sobrecarga, fica isolado. Bem marcado, não tem escape.

Resultado: na pratica, o time fica com o setor esvaziado, repercutindo em Marco Ruben.

O Furacão está indo no tranco.

Por enquanto, por ser no Brasileiro, no tranco está dando.

Segundona

Mais do que a perda técnica e de posições, a derrota do Paraná para o São Bento trouxe perda moral. Perder como perdeu, em Sorocaba, provoca depressão. E não adianta o torcedor pedir que se mude o técnico. Matheus Costa é o menor dos problemas. O problema é a falta de espirito dos jogadores em busca da compensação de suas deficiências técnicas.

O Coritiba tem tudo para atingir a solidez no G4, que só se adquire ganhando sem o mando. Joga contra o fraco Oeste e em um ambiente neutro, como é Barueri.