Furacão, jogo de truco

Foto: Carlos Costa/Estadão Conteúdo

No futebol, as coincidências carregam verdades. Às vezes, essas verdades, por serem mais fortes, escancaram uma realidade.

O tratamento que os atleticanos davam ao fato de o Furacão não ganhar fora da Baixada era o de “infeliz coincidência”. Agora, nem isso podem.

Em Goiânia, o Athletico foi jogar contra o Goiás: perdeu por 2×1 para o sofrível time goiano. A derrota em si, embora tenha sido grave por puxar o Furacão para um grupo de rebolo, acabou sendo o menor dos problemas. Torna-se até pequeno, em razão da verdade maior, definitivamente escancarada: quando as deficiências individuais se acumulam, não há esquema tático, que consiga superá-las.

Foto: Carlos Costa/Estadão Conteúdo

Sem investimentos, os cartolas atleticanos fizeram do CT do Caju uma mesa de apostas. Bem por isso, vieram Madson, Abner, Léo Cittadini, Tomás Andrade, Braian Romero e Thonny Anderson. Esperando-os, estavam os duvidosos Bruno Nazário, Marcio Azevedo, Wellington, Marcelo Cirino e os cansados Lucho, Paulo André e Jonathan. Por falta de diálogo com a CBF, ficou sem o seu melhor jogador, o lateral Renan Lodi. Restaram Bruno Guimarães, Nikão e Léo Pereira – que já estavam -, e Marco Ruben.

Jogando truco, os cartolas atleticanos enganam a torcida.

Comparando Neymar

1º) Romário: fazia orgia até em avião, não treinava, saia no soco com torcedor. Mas, chegava na hora do jogo e resolvia. Ganhou “sozinho” a Copa de 1994, e foi o melhor do mundo.

2º) Ronaldo Fenômeno: namorava todos os gêneros, vestia-se até de “Cascão”, e com o joelho bombardeado ganhou a Copa de 2002. Foi duas vezes o melhor do mundo.

3º) Ronaldinho Gaúcho: dono de boate, padrão físico atípico, ia para o treino brincar. Driblando, fez todos os gols que sonhou. Campeão mundial de 2002, foi duas vezes o melhor do mundo.

4º) Neymar: mala Louis Vuitton, jato particular, chuteira com tecnologia de ponta, jogador mais caro da história e camarote lotado de “parças” no Carnaval. Sempre lesionado, famoso pelas quedas, despreza as francesas para mandar buscar uma “mina” em São Paulo para levar uns tapas, em Paris, e ainda ser acusado de estupro.

Depois dessas comparações, um amigo quer que eu responda: vamos ganhar uma Copa do Mundo como?