Furacão e VAR derrotados

VAR definiu o resultado de Botafogo x Athletico. Foto: Vítor Silva/Botafogo

Pelo Brasileiro, no Estádio Nilton Santos, Botafogo 2×1 Athletico.

Reservas são reservas, é uma verdade de dicionário. No atual futebol brasileiro, é diferente dos tempos antigos, quando a diferença com os titulares só era expressa pela decisão do treinador. Hoje, a diferença é brutal.

Com os reservas, o Furacão foi jogar no Nilton Santos com o Botafogo. Em razão da viagem venturosa ao Japão, onde ganhou seu primeiro título intercontinental, já tinha uma boa resposta para uma derrota: os seus reservas, também, por serem humanos, carregavam o cansaço no físico e na mente.

Mas, vejam só como é o futebol.

O Athletico perdeu e não foi porque jogou com os reservas. Ao contrário, os seus 30 minutos iniciais foram preciosos. Bem ordenado, dominou o Botafogo. Marcou com Thonny Anderson e perdeu mais dois com Braian Romero. Se em algum momento a natureza reserva do time influiu com decisão, foi no gol de empate carioca, porque o goleiro titular Santos não erraria como Caio errou para Luiz Fernando empatar.

E não foi porque o time tenha cansado. Ao contrário, no contra-ataque, deu estocadas no final quando Vitinho e Pedrinho entraram. Sofreu o gol de pênalti cobrado por Diego Souza, porque a ambição de ganhar abriu o campo para os cariocas.

A vitória do Botafogo estaria enquadrada como justa, em especial depois que Braian Romero perdeu outra chance para empatar. Mas, aí, ocorreu o fato que interviu e resolveu o jogo: o erro da arbitragem. No último lance, a olho nu concluiu-se por pênalti do zagueiro Carli em Madson. Pelo VAR, escancarou-se. Sem nenhuma vergonha de desmentir o que as imagens mostravam, o árbitro mandou o jogo seguir com a bola em posse do Botafogo.

O Furacão perdeu e o VAR, coitado, foi desmoralizado.

O jogo do Nilton Santos provou que o erro humano quando é por conveniência ou ignorância, tem a capacidade de enfrentar e derrotar a tecnologia.