Furacão e Coxa, um consolo

Sempre há um consolo reservado para afastar o desânimo de um ambiente. Para ser salvo, o Estadual precisava que Athletico e Coritiba sofressem reparos para impor a história de quase sempre finalistas.

Agora, como se fossem tratores, os dois estão passando por cima: o Furacão que goleara o Toledo por 8X2, ontem, em Maringá, ganhou por 4X0 do Maringá. O Coxa, que goleara o Cianorte por 4X0, neste domingo, no Couto, ganhou do FC Cascavel por 2X0.

Para os menos realistas, pode não significar muito coisa, quando se trata de cumprir a obrigação. Pois acredite: para um campeonato que terá o Toledo na final, essa imposição histórica de Athletico e Coritiba, de técnica e dos gols, significa alguma coisa.

Em Maringá, o Athletico nem precisou jogar o seu jogo para golear. Bastou ter virtudes para aproveitar os erros do Maringá. Tanto que o jogo foi resolvido no 1º tempo, com um gol contra e um gol de Bergson, em falha da zaga.

Andando foi para o vestiário, andando voltou para jogar o 2º tempo. A diferença é que passou a usar o lateral direito, Khellven, cujo futebol impressiona como as consoantes do seu nome. Daí veio o terceiro gol com Bergson, de pênalti e o quarto com Matheus Anjo.

O jogo do Coritiba, no Couto Pereira, não foi congelado como o jogo na rede social. Melhor para as coxas. Um time, vai ganhando um pouco de forma. Ganhou do razoável FC Cascavel jogando sério, por ser consciente das suas limitações individuais. O Coxa está dando algumas respostas que não conseguia. Se não está enganando, o treinador Umberto Louzer está surpreendendo.

O goleador Rodrigão não fez falta. O jovem Igor Jesus foi excelente: marcou o primeiro gol e criou a chance para Giovanni fazer o segundo.

Sem presidente, sem a prestação regular de salários, quase abandonado, o Paraná perdeu em Paranaguá para o Rio Branco, 1×0. Agora, sem respiro, passa a correr o risco de ser eliminado. Mais grave, é que por ser amiga da diretoria, a torcida está resignada.