Augusto Mafuz

O Furacão brinca com fogo

Foto: Divulgação/Athletico.

Pelo Brasileirão, no Maracanã, Flamengo 3 a 1 Athletico. O jovem treinador Eduardo Barros já é um bom técnico no Furacão. Mas, só será um grande técnico quando tiver a personalidade de impor as suas convicções. Enquanto se submeter ao absolutismo da ciência do CT do Caju, será apenas um bom executor de ideias.

O Athletico foi jogar contra o Flamengo com dez jogadores que o próprio clube supõe serem reservas. Só haveria um motivo para esse fato: Eduardo Barros e os seus superiores estariam convencidos que, a exceção do goleiro Santos, todos no CT do Caju são iguais. Se essa convicção retratar a verdade pode ocorrer um desastre no Brasileirão, porque a igualdade é de qualidade baixa. 

Esse critério de paridade entre todos, em um jogo contra no Maracanã, contra o Flamengo, pelas circunstâncias, implica até em irresponsabilidade de comando.  Jogando contra o rebaixamento, não se pode enfrentar um time de Bruno Henrique, Gerson, Everton Ribeiro, Pedro Felipe Luiz, Willian Arão e Arrascaeta com um time de segunda. 

Furacão teve bom início, mas “brincou com fogo”

Até que o Furacão começou bem. Uma bola na trave, a pressão sobre o Flamengo, uma ou outra defesa do monstro Santos, e uma ou outra ilusão.

Bastou Everton Ribeiro entrar e pronto: o Flamengo passou a ser Flamengo. Para os 3 a 1, bastaram poucos minutos com os gols de Pedro, Bruno Henrique e Everton Ribeiro. Nem o gol de Kayser rendeu esperanças. E tanto que é verdade que o Furacão é que deu a causa imediata para a derrota por usar um time reserva, que com Wellington, Christian, Erick e Walter entrando no final, conseguiu evitar uma goleada.  

O Athletico está brincando com fogo. Os 14 pontos ganhos, está mais para a zona de rebaixamento. E já faz algum tempo.

O medroso Coxa

Com Jorginho no seu comando, o Coxa irá para a segunda divisão, com certeza. Se era necessária uma prova definitiva, foi oferecida nesse empate a um gol com o São Paulo, no Couto Pereira. Contra o vulnerável time de Fernando Diniz, o Coxa preferiu a contenção na defesa, critério do treinador Jorginho. Depois do belo gol de Robson, o Coxa recuou. Era tempo demais para passar atrás, sem perceber os espaços que tinha para ganhar o jogo. O empate foi o justo castigo para Jorginho. Só que os coxas é que pagaram a conta. 

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