Todo o fato que se repete como tema de análise, cansa.

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É possível que o leitor já esteja cansado de ter o cartola Mario Celso Petraglia como personagem central das matérias sobre o Atlético. Confesso que ninguém mais do que eu ando cansado de repetir o tema, mas sou obrigado pelo exercício da função.

O jogo do excepcional Renan Lodi, os gols de Pablo, as defesas de Santos, as ideias saudáveis do jovem treinador Tiago Nunes e a resistência de Lucho González, aos 37 anos, tudo é tratado como secundário no noticiário do Furacão. Esse mundo de alegria é submetido aos excessos extravagantes do cartola.

Em uma semana, Mario Celso Petraglia anunciou que na Baixada vai mudar tudo: o novo distintivo, o CAP será substituído por P, a camisa não será mais vermelha e preta, mas será vinho, e o nome do clube, não será mais Clube Atlético Paranaense, mas Paranaense.

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Se prevalecerem as ideias do cartola, será uma nova instituição, roubando a história, a torcida e o patrimônio do Furacão. Há quem afirme tudo isso como factoides de Petraglia, em razão da sentença que condenou o Atlético como único responsável pela dívida de 520 milhões da construção da Baixada.

Talvez, pode ser.

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Mas desse submundo estranho de inconsciência, alguns impulsos podem virar fatos.

Evolução

Nos próximos dias, o Palmeiras será o campeão do Brasil.

Um campeão justo, mas pouco exemplar.

Sem nenhum projeto, vivendo nos últimos anos de mecenas (Nobre e Crefisa), será campeão pela força do dinheiro. Nem mesmo será um campeão de futebol apreciável. Quando o mundo inteiro procura resgatar o futebol como arte, o Brasil terá um campeão de futebol conservador e rústico.

O campeão terá como heróis Felipão fora de campo e Felipe Melo dentro.

Isso significa retrocesso.