Estado de otimismo

Era a primeira partida da decisão do campeonato colombiano e o Junior goleou o tradicional Independiente de Medellín. E não foi por pouco, 4×1.

Pode ser que os atleticanos tenham uma preocupação provocada. É que o empate (1×1) em Barranquilla, no sentido de resultado de números, fez o torcedor absorver a superioridade do Junior, os seus gols perdidos e as defesas de Santos.

E, se essa preocupação foi comprovada, será melhor. Apanha aquela certeza de vitória que a paixão torna inevitável, impedindo que alcance a soberba, que é fatal. Então essa certeza, por ficar sob controle, não passa do estágio do estado de otimismo.

Se a soberba é fatal, o otimismo por permitir que se veja toda a dificuldade, é necessário em uma decisão como essa da Baixada.

Contrato

O sócio que não se cadastrou até a noite de domingo, não terá acesso à grande decisão. Contra a irresignação dos sócios excluídos, o Atlético argumenta que os notificou pelo site oficial.

Há violação dos contratos de cessão de direitos de uso. Por mais forte que sejam os motivos do clube, nenhum sobrepõe as obrigações por ele assumidas no contrato. O fato de avisar pelo seu canal oficial que irá adotar essa providência não torna o seu ilícito contratual menos grave.

Ao contrário, agrava, pois é uma alteração unilateral. Já havia violado com o regulamento do sistema biométrico, que restringe o uso da segunda cadeira. Agora, reduz o direito de uso, ainda, mais, no jogo mais importante da sua história recente.

E, depois, o presidente Salim pede compreensão para sócios e torcida.

Bicho molhado

Conquistado o título da Sul-Americana, o Atlético pagará o valor de cento e cinquenta mil para cada jogador a título de prêmio. Está absolutamente correto: por todas as circunstâncias, não há dinheiro que pague a conquista desse título. Não só pela importância histórica mas, também, porque seria campeão sem investimentos, com um time barato, que se valorizou durante a temporada.

Por mais precisar do que querer esse título, Mário Celso Petraglia prometeu destacar do seu patrimônio o valor de um milhão de reais para ser distribuído entre os jogadores.

Há um dado momento da vida em que todos nós precisamos retribuir benefícios, qualquer que seja a natureza, que recebemos.

Resta saber se Petraglia pagará em forma de “bicho molhado”, aquele que é pago em dinheiro, dentro do vestiário.

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