De volta à realidade

Foto: Jonathan Campos

A realidade do futebol brasileiro é aquela exposta pelo Brasil no Maracanã para ganhar a Copa América ou essa que iremos voltar a viver a partir de hoje, quando recomeça a temporada interna? Para nós dessa banda, a realidade mais saudável é o Brasil, de Tite, ou o Athletico, de Nunes, o Coritiba, de Louzer, e o Paraná, de Costa?

A realidade mais saudável é aquela em que as ilusões não mentem porque criadas pela paixão. A realidade do Brasil, de Tite, é uma grande mentira. Afirmar que está criada uma base sólida para a formação do time que irá jogar a Copa do Mundo no Catar, é ignorar a falta de qualidade individual da nova geração. Dos jovens, na final da temporada europeia, apenas, Alisson, Arthur e Firmino eram titulares em grandes times na Europa.

A realidade mais saudável é a nossa. O que temos carrega um elemento que a seleção brasileira já há anos não é mais capaz de provocar, que é a paixão. De volta a essa realidade, pergunto: o que o Coritiba fez no campo de treinamento para jogar mais do que vinha jogando antes do recesso?

A última imagem que ficou do time coxa é a do gol de pênalti e das defesas de Wilson, em Campinas. Sobrou tempo para Louzer, um técnico já desgastado (a torcida não esquece), aumentar esses limites do time. Nesse jogo em Criciúma, o Coritiba não poderá mais se refugiar no evento de um pênalti no último minuto, ou nas defesas de Wilson.

Negócios

Dos R$ 90 milhões que o Atlético de Madrid pagará pelos direitos do vínculo do lateral Renan Lodi, qual o valor líquido que o Furacão irá receber? Seria possível presumir se fosse esclarecido que era o núcleo para o Athletico decidir: o percentual da família Stival, através do Trieste.

Quando as propostas oficiais começaram a chegar, Mario Celso Petraglia passou a negociar a redução do percentual da família Stival. O que era por contrato 50%, o Furacão queria pagar 30%, sob o argumento de que foi ele quem formou, educou, revelou e consagrou Lodi para efeito de mercado.

Um negócio de R$ 90 milhões, na história do Furacão, não é comum. É um fato jornalístico interessante. Vai mostrar ao público como funciona o mercado do futebol. O valor que sai da ponta compradora vai sendo picotado pelo caminho, até chegar na ponta vendedora.

Entre Madrid e Curitiba, a distância é longa.