De joelhos

Petraglia se rendeu ao talento de Tiago Nunes. Foto: Albari Rosa


A notícia de que Tiago Nunes vai continuar no Athletico não é fato que deva ser considerado esgotado por inteiro. Ao contrário, há uma questão importante para ser tratada, que é o motivo pelo qual Tiago vai continuar.

Não foi o reajuste do valor do seu salário. Foi a superação da mágoa que carregava por ter sido tratado por Mário Celso Petraglia como um simples anexo de Fernando Diniz, o ídolo do presidente.

As trinta moedas a mais que irá receber para ficar no Furacão, pouco significam. Tiago sabe que bem mais cedo do que se imagina, um outro clube, inclusive do exterior, estará ofertando a ele um contrato milionário.

O importante, embora a sua humildade não tenha pensado ou querido, foi o fato que decidiu a sua permanência: só faltando se ajoelhar, Petraglia reconheceu a grandiosidade do seu trabalho. Ninguém esquece que Tiago foi humilhado pelo patrão, quando esse afirmou que Fernando Diniz era o responsável pelo time jogar o que jogou em 2018.

A dúvida é se Petraglia foi sincero ao pedir perdão. Embora a sinceridade não seja o seu forte, pouco importa. Lembro de um mimo por telegrama (não havia internet) que recebi do torcedor do Athletico José Carlos Belotto, em um momento aflitivo da vida. Baseado no evangelista Paulo, escreveu “Quando você tem coragem de se ajoelhar rezando bem ou mal, já realizou alguma coisa em prol do reino”.
Agora, o caso está encerrado.

Esquecimento

O meu leitor diário Mauricio Natividade, coxa-branca e dos grandes, despacha a seguinte mensagem: “Prezado Mafuz, sobre sua coluna de hoje, é certo afirmar que vencer o atual elenco do Coritiba não é grande façanha. Porém, poderia refrescar minha memória me dizendo quando o Athletico ganhou um Atletiba esse ano? Não valem penalidades…”

É, não me lembro!

Por ser verdade, provoca-se uma questão importante: se esse aspirante do Furacão não conseguiu ganhar do ‘atual elenco’ do Coritiba é sinal de que há risco contra o Toledo.