O que parecia uma “brincadeirinha” segundo seu autor, Mário Celso Petraglia, acabou transformado em um fato sério por ser oficial: os conselheiros do Furacão foram convocados para no próximo dia 9 (sábado), decidirem sobre a proposta de alteração do estatuto relativo aos “símbolos, distintivos e uniformes” do Clube Atlético Paranaense. Nem trato do equívoco jurídico do edital, que não é especifico quanto à alteração relativa às cores.

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E, tratando-se de mudança de estatuto, não é possível interpretação extensiva dos termos do edital. Isso quer dizer que a referência de alteração relativo ao “uniforme”, necessariamente, não recepciona a alteração das cores vermelha e preta. O uniforme não se encerra nas cores, mas no desenho (listras alternadas). O edital deveria ser especifico, também, em relação a cores, como é em relação aos símbolos e distintivos.

Mas Petraglia nem precisava convocar o conselho e propor a alteração. O parágrafo terceiro do artigo nono dos estatutos já autoriza que “em caráter excepcional e para fins comemorativos e mercadológicos, o uniforme poderá conter outras cores em substituição às cores tradicionais”.

Essa regra é da ordem jurídica originária do Furacão, portanto, escrita em 1924. Os fins “mercadológicos” que afirma a lei que criou o Atlético, não podem ser interpretados em 2018, no ambiente que a criou. Em 1924, o futebol, ainda, tinha uma motivação, caráter e objetivo, só se tornando profissional em 1933.

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Agora, em 2018, é um gerador de riquezas.
Analisado sob o aspecto jurídico, o fato é bem simples de ser respondido: não é possível tratar de mudanças das cores nessa reunião de sábado, pois o edital não a propõe de forma específica como é necessário E a pretendida mudança nem precisa submeter aos conselheiros, pois o estatuto já autoriza.

Uma proposta, sem objeto.

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As questões são outras: o motivo pelo qual Mário Celso Petraglia quer mudar, porque a história de “ser diferente” dos outros rubro-negros, é conto da carochinha. Resta saber se os conselheiros irão aceitar torcer pelo Atlético sem as suas cores quase centenárias e se Luiz Sallim Emed vai mesmo enfrentar Petraglia e não permitir “essas mudanças enquanto eu for presidente”, como vem afirmando.
Voltaremos ao assunto.

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