Opinião

A saída de Namur está cronometrada

O doutor Samir Namur está sendo um presidente tão ruim para o Coritiba? Fazendo uma visita pelos sites de torcedores coxas, a pergunta tem sentido. O mais popular deles, o COXAnautas, que apoia o “Coritiba Ideal” que terá Follador como candidato à presidência, faz uma contagem regressiva.

Nesse momento em que escrevo (dia 25, às 18h25), está lá: “Faltam 189 dias, 6 horas, 35 minutos e 25 segundos para a saída de Samir Namur e seu G5(Paulo Baggio, Jorge Durão, Eduardo Barros e Aníbal Mesquita Jr).”

Se encontro sentido na pergunta, não encontro lógica em acionar um cronômetro para marcar dia, hora, minuto e segundo para atual diretoria ir embora. A execução da proposta, seguida de uma entrevista de Follador, cria a presunção de que Samir e seu grupo irão concorrer à reeleição. Não manifestada essa vontade, a proposta perde a lógica, pois está se contando o prazo de saída de quem tem data certa por estatuto para sair.

Não conheço nenhum dos dirigentes atuais do Coritiba. E já escrevi que a eleição do “Coritiba Ideal” é a última oportunidade que o clube tem para se recuperar financeira, econômica e patrimonialmente, em 10 anos, não correndo o risco de manter a torcida organizada no comando.  

Não necessariamente por falta dessa lógica, mas considerando todas as circunstâncias, a proposta não é justa. Entendo que qualquer juízo de valor sobre a atuação de Samir e o G5 tem que ser oferecido depois de uma análise do que o antecedeu. Fazer em três anos o que foi desfeito durante quinze anos, é concluir sem ser razoável.

Dúvidas

O jornalista Wilson Soler, da RPC, está relevando uma grande virtude nesta época de pandemia: o equilíbrio emocional para noticiar qualquer fato, independente, de sua natureza.

Sugiro-lhe que na próxima vez que entrevistar o secretário de saúde, doutor Preto, formule as seguintes perguntas: os jogos do futebol profissional estão proibidos pelo risco da disseminação do vírus? Ou estão proibidos por que a sua liberação vai ter influência emocional na sociedade? Alguém tem que perguntar.