Uma grande derrota

Foto: Albari ROsa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Eis a notícia do dia: o goleador Rony renovou o contrato com o Athletico. Não gosto de especular fatos, pois em jornalismo, é uma aposta. Se conhecer as intenções regulares das pessoas envolvidas, no máximo arrisco presumir fatos. Pela experiência, nada ou quase nada erro.

E, nesse caso, quero errar. A torcida do Furacão, que não avance muito o seu sossego de ter de volta das cambalhotas de Rony. Conhecendo Mario Celso Petraglia, a intenção não é mantê-lo, mas negociá-lo. É que o cartola, quando está perdendo, dá um passo atrás para ganhar.

Na questão, se esse lugar marginal de aspirante continuasse, só Rony tinha a ganhar. Não escalava o único bom atacante que sobrou do desmanche, o jogador aceitava essa situação entre os reservas dos aspirantes, continuava recebendo como titular, e logo poderia assinar um pré-contrato. E, se não bastasse, mesmo com Rony em outro clube, o Athletico ficaria, ainda, como solidário em uma eventual condenação pela FIFA.

Se não está negociado, Rony logo será. A sua renovação, presumo, foi para salvar as aparências dentro do Caju para não escancarar a fragilidade de Petraglia diante dos empresários de Rony. O cartola acostumado a rebaixar o jogador que lhe contrarie, desta vez bateu com Rony, que não estava nem aí para essa situação.

A renovação, presumo, é um jogo de faz-de-conta. O Athletico renovou com Rony para negociá-lo. Assim, não iria se criar um precedente.

Pelos rompantes de Petraglia contra fatos que o contrariam, o Furacão teve que ofertar a Rony um contrato de milhões de reais. Quer dizer: a melhor contratação do Furacão, é de um jogador que já estava no Caju, que fazia gols por ele, e que estava sob vinculo. O Furacão ganhou um dos atacantes mais desejados do Brasil, mas Petraglia saiu derrotado. A sua política de coagir o jogador, reduzindo-o a aspirante, está enterrada.

E, a torcida não deve ficar magoada com Rony. Cumprindo o contrato, ele recebeu propostas de Corinthians e Palmeiras, o que não é pouca coisa para qualquer jogador. O que ele não aceitou foi a interpretação que o clube quis dar ao contrato, que é seu direito. Petraglia é que o mandou ir para os aspirantes. Quem criou o problema foi o cartola e não o jogador ou os seus empresários. E, o Athletico é quem pagou uma conta, que já havia pago.

O fato analisado pelo vice Mourão, seria, assim, concluído: “Perdeu, Playboy!”