Opinião

De mãos dados com o acaso

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Eu não quero, mas, às vezes, desconfio que Mário Celso Petraglia, presidente do Athletico, não tem a exata noção do que fala ou quer ser muito sincero.

Em entrevista ao blog do PVC (Paulo Vinicius Coelho) atribui ao prêmio pela conquista da Copa do Brasil, um dos motivos para o que se anuncia como superávit contábil (não é a minha opinião), do “Furacão”, em 2019. Se o limite do fato afirmado fosse só a conquista do título, o motivo estaria encerrado por uma lógica do Furacão em razão de que o seu plano era o de ser campeão.           

Ocorre que Petraglia esvazia a própria grandeza do fato. Eis o que afirma:      “Ganhamos o título em setembro, quando já não podíamos contratar novos jogadoresNo nosso planejamento, contávamos chegar às quartas-de-final. Conseguimos chegar à decisão e ganhar a Copa do Brasil”.

Uma interpretação lógica das palavras de Petraglia conduz que o título da Copa do Brasil foi um lucro inesperado, pois, “nosso planejamento, contávamos chegar às quartas-de-final”. No futebol, um evento quando vai além do plano histórico, passa a ser sócio do acaso e improvável, que colocam dúvida na existência do justo. 

Petraglia pode até ter falado a verdade, isto é, que a conquista da Copa do Brasil foi bem além do limite que era a fase de quartas-de-final. Mas, daí, Petraglia não só diminui o brilho técnico do título do Furacão, como confessa que o planejamento de conquistas continua dependente do acaso. Para que tem uma estrutura onerosa como a do campeão, ter como limite as quartas-de-final é desprezar a si próprio.

Planos de sócios

Nos estudos dos novos planos de sócios, o Athletico deveria incluir uma revisão no regulamento do sistema biométrico. Está provado que o impedimento do sócio em dispor livremente, isto é, sem condição, do direito de uso da segunda cadeira, impacta negativamente na associação.

Direitos

A Turner tem todo o direito de discutir o contrato de televisão com os clubes. Mas, ao levantar vícios na sua execução no momento em que tem que pagar, é casuísmo. Se não é essa a sua intenção, então deveria depositar em juízo os valores que está devendo aos clubes.