Na Vila Capanema, pela Segundona, Paraná x Coritiba. Já foi um grande jogo. Às vezes, o maior jogo de Curitiba. Era no tempo de Coritiba x Clube Atletico Ferroviário, o CORICAF. O Ferroviário era um exemplo de administração no futebol brasileiro. Comandado por Hipólito Arzua, o “Boca-Negra”, por algum tempo, ostentou supremacia a Athletico e Coritiba. Mas daí, foi vítima da maior violência no futebol paranaense.

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Rasgou-se a identidade mais bela do nosso futebol (a camisa vermelha com a boca negra do lado esquerdo), para surgir o Colorado. E, daí, surgiu o Paraná. Hoje, a Gralha está com as suas asas quebradas. O Coritiba era o “único puro sangue” do futebol paranaense, diziam os coxas. Havia sentido, porque não originado de fusão, era autossuficiente, um verdadeiro “Glorioso”. Hoje, o seu “puro sangue”, corre o risco de não passar no mais simples exame.

Quando Paraná e Coritiba entrarem na Vila, o passado vai chorar.

Lobo do Caju

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O Athletico vai jogar na Fonte Nova, em Salvador, contra o Bahia. Para não usar o clichê do “cumprir tabela”, vai continuar administrando os privilégios que ganhou com o título da Copa do Brasil. Mas, o que é para ser um ambiente de paz, não é. Vejam só o que aconteceu. O Furacão, cumprindo a sua obrigação, destacou do dinheiro que recebeu da CBF pelo título, a parte do prêmio dos jogadores e da comissão técnica. O critério de divisão foi adotado pelos profissionais, sem nenhuma influência da diretoria.

Por ser dirigente e ganhar R$ 130.000,00, Paulo André não foi incluído no rateio. O cartola remunerado se revoltou, afirmando que pertencia à comissão técnica. Mais grave: envolvendo os jogadores que não tinham nada com a questão, reuniu-os para falar que se sentia vitima da divisão dos membros da comissão técnica. Foi além: usou o nome de Mario Celso Petraglia, há duas semanas hospitalizado, agora, em São Paulo para constranger a todos.

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E constrangeu tanto o povo do CT do Caju, que cada membro da comissão técnica tirou uma parte do seu prêmio e passou para ele. O ato do dirigente obrigou que até o massagista Bolinha e os outros profissionais que ganham pouco em razão da função, terem que abrir mão de parte do prêmio a seu favor. Paulo André, escancarou a sua fome de lobo.