Opinião

A improvável importância do Estadual

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

O constrangimento de uma censura popular, talvez, explique o silêncio do Athletico e do Coritiba sobre a volta do Campeonato Paranaense. Se, em condições normais, o torneio só provoca prejuízos, pois o valor pago pela televisão é humilhante, agora, com a restrição de público, o desamparo financeiro se torna maior. Então, sendo o futebol um negócio, não haveria razão para jogar as fases finais do Estadual.

Mas, a influência da pandemia é tão forte, que provoca algumas contradições improváveis. O Estadual que trava a racionalidade de um calendário no futebol brasileiro, desta vez, ganha relevância em razão do aspecto técnico.

Sem ele, os clubes (e aí não seriam só o Furacão e o Coxa) seriam obrigados a realizar jogos amistosos como preparo para o Brasileiro. Como saber se um convidado bem se cuidou para a visita-lo? Esse fato implicaria em criar um ambiente estranho mesmo estando em casa. Em um torneio oficial, há a responsabilidade de todos, inclusive da Federação Paranaense de Futebol. 

Hoje, um decreto do governador Ratinho deve tratar as atividades dos clubes de futebol profissional. Presumo, sob a condição de seguir ordens médicas e sanitárias, não irá impedir os treinamentos.

A volta dos jogos já não depende dele e nem dos clubes, mas, da educação do povo. A propósito, sugiro como pauta para os repórteres, uma entrevista com o médico Edilson Thielle, sobre o guia médico de sugestões protetivas para o retorno do futebol brasileiro elaborado pelo Ministério da Saúde.

Silêncio

Onde anda o professor Barroca? Não sei se o treinador coxa já voltou do Rio de Janeiro, onde estava em retiro ou se continua por lá. Pergunto por dois motivos: é estranho que um treinador de um grande clube fique ausente do noticiário e o outro é que admiro as suas idéias. Fala Barroca!

Compensação

O Furacão foi condenado a pagar R$ 7 milhões para por ter convencido Robson Bambu a não cumprir o pré-contrato com o Santos. Essa condenação já foi considerada no negócio com o Nice que vai lhe render R$ 48 milhões.

O presidente Petraglia ensina que para ganhar dinheiro no futebol é preciso correr riscos. Em 2005, o Furacão com uma ordem judicial, tomou Denis Marques do Kuwait SC, pagou uma indenização na Fifa de US$ 500 mil e vendeu o atacante para o Omiya Adija, do Japão, por US$ 4 milhões.