Quando um dos nossos times estreia em uma competição de critério eliminatório, indica o objetivo imediato que é passar de fase para ganhar dinheiro. Nenhum antecipa que o objetivo é ganhar título para ganhar mais dinheiro. É a hipótese de o pouco já ser muito.

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Bem, por isso, uma eventual conquista como foi a Sul-Americana e a Copa do Brasil, pelo Athletico, ao invés de ser tratada como uma consequência natural da ambição, mesmo justa, passa a ser ocasional.

Em Manaus, hoje à noite, o Coritiba joga pela Copa do Brasil contra um desconhecido de nome Manaus. Ouvi o técnico Barroca, os jogadores e até os dirigentes confirmarem o objetivo: passar para a próxima fase para o clube ganhar dinheiro.

É possível que se interprete essa posição por existir a consciência de serem reduzidos os limites de futuro, obriga-se a ser realista. Mas, no futebol, como na vida, realismo demais diminui a própria história, porque mostra a falta de ambição.

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Santos, o próximo?

Os italianos noticiaram que o Athletico está interessado no goleiro Jandrei, que saiu da Chapecoense e foi para o Genoa. Para contratar um goleiro de custo razoável, como é qualquer um jogador que esteja no exterior, o Furacão estaria preparando a reposição para uma saída do excepcional goleiro Santos. Por um raciocínio lógico, só há essa explicação, pois não se investe muito para ter um goleiro reserva.

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Quero dizer que seria um prêmio para Santos. Passou a sua juventude de goleiro na reserva de Weverton. Weverton, que nada ganhou para o Furacão, está ganhando dinheiro no Palmeiras. Santos, que comandou os títulos da Sul-Americana e da Copa do Brasil, pouco ganhou e pouco ganha na Baixada. Deu mais para o Athletico do que recebeu.

É justo que ganhe a oportunidade de fazer a sua independência.

Dinheiro torrado

Só agora foram lembrar que o atacante Matheus Cunha, que decidiu a classificação do Brasil para as Olimpíadas, foi negociado pelo Coritiba, na administração Bacellar, por 30 moedas. Agora, há críticas ao clube pelo péssimo negócio. Mas, ninguém apontou para a perda na época do fato. Nada mais é do que a consequência das administrações pródigas que só não acabaram com o Coxa, em razão da sua torcida.

Mais grave do que a perda da chance de um grande negócio, no Coritiba sempre foi a relação promíscua de dirigentes com empresários, o que atualmente cessou.