Por que o Coritiba esconde o balanço?

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Onde anda Samir Namur, presidente do Coritiba? Pergunto por não conseguir sequer presumir as razões pelos quais o Coxa não publica o balanço contábil de 2019.  Concordo que o prazo é no final desse junho. E nada que seja dentro do prazo é ilegal. Mas, ainda assim, não é possível entender.

Namur passou dois anos declarando publicamente que o Coritiba era vitima das últimas administrações. Seus discursos foram tão fortes, que convenceram os conselheiros a negarem a aprovação das contas de Bacellar. Há dois anos afirma que a sua administração está só pagando contas (o que é verdade), para justificar a carência financeira do futebol. 

Presumo que, em dois anos, Namur já aprendeu que tudo no futebol é motivo para desconfiança. O balanço do Coritiba provoca curiosidade, na medida, em que a CBF está apurando a situação dos clubes para projetar o futebol brasileiro pós-pandemia. 

Resta saber se esse de 2019 irá alcançar toda vida financeira do clube, ou irá se limitar aos números da atual administração. Entendo que adotará a primeira hipótese, pois não irá mascarar a situação real. Além de ser certo que, qualquer inevitável déficit então, já estará no lucro, em razão da volta do clube ao Brasileirão.

Daí, insistir em perguntar: e o balanço, Namur? 

Indigência

Uma notícia chamou a minha atenção: a DAZN depositou o valor de R$ 50 mil na conta dos clubes paranaenses que disputam o Estadual. 

Da notícia, uma pergunta: o que significam R$ 50 mil no mercado do futebol paranaense? Talvez, esteja próximo do que o Athletico gasta por dia para administrar toda a sua estrutura. Alguns clubes devem ter resolvido os seus problemas. E, é aí que a questão se torna grave. Do Paraná, por exemplo, já paga o salário de R$ 12,5 mil do seu presidente/interventor Leonardo Oliveira. O significado verdadeiro desse valor é o da indulgência para não ao ir extremo, e tratá-lo como mendicância.

Enquanto isso a Federação Paranaense continua recebendo só da CBF R$ 100 mil mensais.