A última imagem que os atleticanos guardam do Furacão é do povo indo ao delírio no terceiro gol de Marco Ruben, na goleada de 3×0 sobre o poderoso Boca Juniors. É possível que, por mais forte continue a imagem desse fato, não esquecem a precedente: o Athletico jogando a maior partida de sua história, desafiou a própria natureza humana, ao ser quase perfeito.
Hoje os rubro-negros de Tiago Nunes voltam a jogar pela Libertadores, na Baixada, às 19h30, contra o Tolima, da Colômbia. É natural que o torcedor rubro-negro leve para a Baixada, as imagens cravadas na memória e nos sentimentos do jogo contra o Boca. E, as transformem, em referência para estimular o otimismo (à essa altura, uma certeza) de outra vitória.
É aí que eu quero chegar.
Presumo que Tiago Nunes e os jogadores tenham guardado essas últimas imagens do jogo contra o Boca apenas como belas lembranças. Não irão misturá-las com planos para esse jogo com o Tolima. Devem ter a consciência de que elas fazem parte de um jogo de exceção jogado pelo Athletico.
Jogo de exceção quer dizer um jogo além dos limites. Embora esses sejam amplos, passa a não ser natural jogar bem além deles. É a única explicação razoável para os 3×0 sobre o Boca. Se esse não for o raciocínio lógico, o contrário vai exigir um jogo que nem o Athletico, e nenhum outro time do futebol brasileiro, é capaz de tornar rotina.
Veja bem. É certo que esse jogo com o Tolima, em condições normais, terá o Furacão jogando bem. E, ganhando. E, de repente, com outro placar clássico. Pode fazer tudo isso, sem correr nenhum risco. As imagens futuras é que interessam no futebol.
Custo benefício
A associação de torcedores ao Athletico está aumentando em uma proporção inédita. Não surpreende. A adesão de torcedores ao quadro associativo, em qualquer lugar, é decidida por resultados no campo. Não deveria ser assim, mas é. O sócio do Furacão que já teve o jogo contra o Boca, terá o de hoje contra o Tolima, pela Libertadores, e amanhã, o Atletiba, decidindo o returno do Estadual. Já está lucro.