Contra o Junior, em Barranquilla (Colômbia), o Atlético começa a decidir a Copa Sul-Americana. Um dia desses escrevi que a conquista desse título internacional era questão de necessidade para consolidar a revolução de 1995, que a paixão incondicional dos rubro-negros provocou no futebol brasileiro.

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É verdade que poderia ter sido antecipada em 2005 na decisão da Copa Libertadores da América. Mas, embora tenha sido vitima do poder do São Paulo, que o tirou da Baixada, não se pode negar que o Furacão ainda não estava preparado.

Vamos lembrar, pois há perdas em que a grandeza não é absorvida pelo tempo. Até chegar às vitórias históricas contra Santos e Chivas, a sua vida foi salva pelo acaso. Na mesma noite, em que era goleado por 4×0 na Baixada, pelo Independente Medellín, o América de Cáli era surpreendido por 1×0 pelo já eliminado paraguaio Libertad.

Agora é diferente. O Furacão está pronto para ganhar um título internacional. Por estar pronto é que entendi era questão de necessidade para, definitivamente, ganhar a identidade de grande que compete em condições de vencer.

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Continuo achando necessário o título para o futuro do clube. Ocorre que o futebol tem a capacidade de criar situações, que obrigam a nos submeter a mudanças. Eis a verdade final da minha mensagem: mais do que necessário ganhar, é justo o Furacão ganhar a Sul-Americana.

É justo porque não precisou nada além de jogar um futebol que neste ano, no futebol brasileiro, nenhum time jogou. Ao ser justo com o Atlético, o título fará justiça ao técnico, aos jogadores e à torcida. Só eles, e ninguém mais, tiraram o clube do buraco em que foi enterrado pela arrogância e incompetência de quem assumiu em janeiro como o “maior sábio do futebol brasileiro”.

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A essa altura da vida, meus sentimentos não correm atrás de necessidades. Preferem correr atrás de justiça.

Não sei qual a cor da camisa que o Atlético vestirá o seu corpo.

A cor que vestirá o corpo é irrelevante, porque as cores da alma dos atleticanos são imutáveis: vermelha e preta.

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