Sempre entrei na alma do futebol, esquecendo dos seus princípios como ciência esportiva. Como nunca é tarde para aprender, há algum tempo estudo o futebol como jogo jogado.
Das lições de Jorge Valdano, o notável argentino, aprendi que um sistema tático transforma um jogo em uma linha de montagem. É o que Valdano trata como lei da sistematização do futebol. Se os jogadores a cumprem, afirma, há um time básico.
Sei que é uma extravagância transportar tão profunda lição para analisar o futebol desse time do Coritiba.
Mas é o que temos e é o que a função me exige.
Nem se pode afirmar que a maioria dos jogadores coxas é fraca e inexperiente. Tampouco, que o resto é medíocre. Mas não se pode tornar esse fato como central, se não há um sistema que compense as carências individuais.
O empate a um gol com o Rio Branco, no Couto Pereira, foi uma graça para os coxas. A derrota seria apreciada como justa. Já fraco por não ter jogadores, é reduzido a quase nada pela falta de um sistema.
O gol de Rodrigão (1×0) no 1º tempo iludiu. Bem por isso, bastou o bom técnico Norberto Lemos organizar o Rio Branco para o Coritiba correr risco da derrota. Conseguiu, mas foi incapaz de evitar o empate, mesmo jogando contra dez.
O Coritiba está ardendo em fogo. Mas, as chamas só atingem os jogadores e o treinador Louzer. E o incendiário Pastana continua protegido.
Marquinho, outra vez.
Ganhando do Foz do Iguaçu por 2×1, na Baixada, o Athletico já é semifinalista da Taça Dirceu Kruger. E vai para a final com todos os privilégios.
Na vitória sobre o Foz, aconteceu o que era esperado. Orgulhoso pelas goleadas anteriores, foi logo marcando com Cittadini. Certo de ser superior, tornou-se um pouco soberbo.
Daí, sofrendo o empate, obrigou-se a recorrer ao melhor jogador do campeonato: Marquinho. Outra vez, como se a bola fosse indiferente ao acaso, antevendo o passe para o espaço vazio na frente, veio de trás e fez o gol da vitória.
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