Alguns fatos

1º) É fato notório que o menino Jhonny Lucas, do Paraná, foi convocado por Tite para participar do período de treinamentos da Seleção Brasileira, em Londres, para os jogos contra a Arábia Saudita (amanhã) e Argentina (terça), em Riad. O motivo aparente é a pretensão da comissão técnica de dar aos jovens da base experiência para as futuras seleções.

No caso de Jhonny, esse motivo surpreende, pois o meia sequer é titular do Paraná Clube, que é o pior time do Brasileiro. A causa da sua convocação é outra: há tempo, o Paraná recebeu uma sondagem do Arsenal, de Londres, que teria oferecido por seus direitos 10 milhões de euros. Para jogar na Inglaterra, é necessário pelo menos uma convocação. Edu Gaspar, diretor, e Silvinho assistente de Tite, jogaram no Arsenal.

O Paraná não tem nada com motivos aparentes e de fundo. Mas o caso sugere que por algumas convocações a comissão técnica do Brasil não é constituída por anjos.

2º) O goleiro Wilson está sendo exaltado como histórico no Coritiba em razão do número de jogos que irá atingir. No entanto, encontro outras razões. Ele é o responsável pelo time ter se afastado da zona de rebaixamento para a 3ª divisão. E se, ainda, sobra alguma esperança para o clube voltar ao Brasileirão, passa diretamente pelas suas defesas e pelos gols de pênaltis, que anda fazendo.

3º) O Atlético Paranaense, que resiste em renovar com a Rede Globo de Televisão a cessão dos direitos de televisão, agora foi um dos que recusou a proposta de empresas para a cessão dos direitos de transmissão internacional dos seus jogos. O outro que recusou foi o Flamengo, que por ser o maior do Brasil, tem o direito de fazer todas as exigências, que não tarda, serão atendidas.

Para um clube do porte do Atlético, com todo o seu patrimônio gravado com hipoteca e penhora, das duas uma: ou está com muito dinheiro ou os interesses do Furacão não necessariamente os de Petraglia como intermediador de outra proposta vinda da China.

Certa vez, Petraglia falou: “Quem sabe dos interesses do Atlético só sou eu”.

Por ser o dono, não deixa de ter razão.