Acontecimentos noturnos

Tudo o que o Coritiba precisava era que não chovesse. É que a chuva transforma a grama em barro, e no barro só consegue jogar quem tem uma mínima qualidade, coisa que o Coxa não tem. Pois, aconteceu: choveu, ontem, em Curitiba, o que não chovera outubro inteiro.

Tudo o que o Coritiba precisava era não sofrer um gol. De início, então, seria o anúncio de uma catástrofe. É que um gol de início altera toda a ordem de jogo, desequilibrando-a contra o time que precisa ganhar e tem poucas condições.

Para um time que só sabe jogar só correndo e que entra obrigado por seu treinador a ganhar “nove pontos”, seria a apocalipse. Pois aconteceu: o jogo nem bem tinha começado e aos oito minutos, o ex-atleticano Walter, beirando 120 quilos, arrumou com o peito para Didira, que vindo de trás, chutou para vencer o goleiro Wilson. CSA 1×0.

O mínimo que o Coritiba precisava era, correndo todos os riscos, imediatamente empatar. É que haveria tempo para restabelecer a ordem anterior de jogo. Pois aconteceu: o incrível Chiquinho, aos nove, marcou. Coritiba 1×1 CSA.

Veja só o que é um time fraco dirigindo por um técnico sem preparo.

O Coxa ficou tão abalado com o gol do CSA que nem o empate e todo o tempo do mundo, conseguiram devolver-lhe a tranquilidade, que precisava para ganhar. Ao contrário, só não perdeu porque Wilson ganhou o jogo particular de Walter, que com barriga e tudo foi o melhor em campo. Nenhum time é capaz de sobreviver em um campeonato trocando Forner por Tcheco e Tcheco por Argel, à beira do gramado.

Tudo o que o Coritiba precisava era ganhar.

Pois não aconteceu: empatou em 1×1.

A partir de agora, de acordo com a matemática do seu treinador, tem que ganhar “doze pontos” por jogo.

Mudança

Com o Paraná, o técnico Claudinei Oliveira já estava rebaixado para a segunda divisão. Aceitando comandar a Chapecoense, aposta em salvar as aparências, evitando a queda do time catarinense. O Paraná aceitou o negócio, rebaixando a si próprio para a 2ª divisão, antes da matemática.