A volta de Cirino

Marcelo Cirino ficou devendo contra a Chape. Foto: Henry Milleo

Na Baixada, pelo Brasileiro, Athletico 1×1 Chapecoense. Depois que ganhou a Copa do Brasil, o Furacão adquiriu todos os direitos. Entre eles, o de jogar mal e enganar o seu favoritismo contra a fraca Chapecoense, na Baixada.

E, ainda assim, a sua supremacia técnica foi tão ostensiva, que só não ganhou por um velho detalhe, que parecia estar definitivamente guardado depois da jogada divina do gol de Rony, no Beira-Rio: Marcelo Cirino voltou.

Às vezes, parecendo, um pouco folgado, o Athletico abriu o seu campo defensivo para a Chape, em contra-ataque, marcar 1×0, com Arthur Gomes. O gol seria absorvido e o jogo resolvido, ainda no primeiro tempo, se Marcelo não voltasse a ser Cirino. Mas por ter voltado, nas barbas do goleiro Tiepo, perdeu dois gols que Nikão lhe ofereceu de bandeja.

O Athletico voltou para a etapa final como terminou a inicial. Com a consciência errada de que naturalmente iria empatar e ganhar, continuou um pouco indiferente, esquecendo que o tempo não espera. E empatou pela única forma que lhe sobrou: Nikão batendo falta. A bola na trave, saída da cabeça de Marco Ruben, no minuto final, foi a prova de que não era noite de vitória.

O Furacão usou o seu direito de não jogar bem e não ganhar de um fraco. Como na vida, no futebol não é diferente: todo o direito de errar tem limite. Em especial, para um grande campeão.

Vitória estranha

Na estreia do técnico Jorginho, o Coritiba teve uma estranha vitória sobre o Américo MG, por 2×1. O primeiro gol foi pelo acaso de uma bola mal dominada por Robson, que sobrou para ele próprio marcar. E, o segundo gol foi de um pênalti que não existiu, convertido por Sabino.

Uma vitória estranha, mas justa. É que na selva da Segundona, pouco importa o meio de vencer.

Com Jorginho, o Coritiba não jogou mais e nem menos do que vinha jogando. A diferença foram os fatores externos: o acaso e o erro do árbitro.

Tempo do jogo

Outra vez, o Paraná estava ganhando e tinha o domínio do jogo. Outra vez, o Paraná permitiu o adversário empatar. Favorito contra o Oeste, em Barueri, não se impôs. Em resumo, o Tricolor empate demais em um campeonato que, às vezes, precisa vencer.