A turma do Cebolinha

Éverton 'Cebolinha' é o novo queridinho da torcida. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Ainda se possível, o título mundial no Catar, em 2022, não abrirá muitos espaços para essa geração que está na Copa América. Da antiga, cujo ciclo está terminando, nomes como Daniel Alves, Tiago Silva, Miranda, Felipe Luiz e Fernandinho, não terão espaço. Nem mesmo no pé da página. Da nova geração, que já está madura, talvez, uma página para Neymar, se deixar de fazer estripulias, e uma outra para o goleiro Alisson.

Esse é um dos fatores que explica a euforia e, que está se tornando em uma idolatria do torcedor brasileiro, pelo menino Everton, o ‘Cebolinha’. A carência de grandes jogadores é tão sentida pelo torcedor que, para provocá-lo, não precisa ter nenhum atributo de craque, embora o jogador do Grêmio já tenha alguns relâmpagos diferentes.

Há um outro fator que está influenciando nessa reação de euforia do torcedor. A relação entre torcida e Everton é pessoal. O jogador ainda é do Grêmio e, por isso, toda a semana em nossos campos. E, para exercer as funções de que o futebol atual exige do meia, não precisou ir à Europa. Aprendeu em casa, com seu professor Renato Gaúcho. É a prova de que muito da incompreensão do torcedor brasileiro com o jogo irregular do time é a falta de associação com os ‘estrangeiros’.

A adoção do ‘Cebolinha’, como Ronaldo Fenômeno adotou o ‘Cascão’, na Copa do Mundo de 2002, também, atua para tornar o torcedor sensível. Concorrendo ao amor de Mônica, os personagens criados por Mauricio de Souza, há 46 anos, tornaram-se imortais. Por não envelhecerem, provocam-nos lembranças. Por serem irresistíveis, obrigando-nos a assisti-los com nossos netos, nos tornam crianças outra vez.

Exagero

Pela imprensa argentina, sabe-se que o Athletico estaria interessado no zagueiro Alexander Barboza, que é do River e joga no Defensa y Justicia. Preço: 4 milhões de euros ou R$15 mi.

Parece que há uma má avaliação das carências do Furacão.

Thiago Heleno deve ser absolvido pela acusação de doping. Lucas Halter é um bom reserva. Então, esse dinheiro não daria para contratar um grande meia, diminuindo a irritação do torcedor com a presença de Cittadini?