A redução da história

Coxa recebe o Paraná Clube no Couto Pereira. Foto: Albari Rosa

Pelo Estadual, Coritiba x Paraná é um clássico, ninguém pode negar.

Pela Segundona, o jogo preserva esse caráter? Entendo que o rebaixamento, o tratamento maldoso que se dá à segunda divisão, atuam para suspender a natureza clássica originada pela história. Pode ser um jogo importante, mas clássico deixa de ser.

E, talvez, a impressão que se dê a esse jogo, é o fator menos relevante para coxas e tricolores. Uma vitória ou uma derrota não irá influenciar na história em si do jogo. A projeção de uma, ou de outra, alcançará a condição de cada um no campeonato. E é isso que importa para os torcedores.

Os dois jogam em um estado de desconforto.

A importância que o Coxa dá para alcançar o G4, está na mesma proporção que o Tricolor adota para afastar da assustadora zona que remete para a terceira divisão. Não obstante esses objetivos similares, a obrigação de vencer é a do Coritiba.

O Paraná joga uma partida de truco: a sua esperança de não ser rebaixado está muito mais na fragilidade de outros, do que nas condições que tem para reagir.

Já com os coxas, é diferente. Irá jogar com o Couto lotado, só que agora, com uma torcida desconfiada com a falta de vitórias em sequência, fator que não permite equilibrar-se com Botafogo, Bragantino e Londrina.

Como se vê, Coritiba e Paraná têm muito mais a perder do que a ganhar. Um jogo, assim, pode ser um bom jogo para se ver.

Iguais, mas nem tanto

Lá em São Paulo, o Athletico joga contra o Palmeiras. É daquelas partidas em que o Furacão pode jogar à vontade. Se tem o que perder, está dentro da conta de derrotas que todo o time deve ter no campeonato. E, em especial, quando se enfrenta um líder que está jogando como líder.

Há uma coisa em comum entre o Furacão e o Porco: os dois jogam mais em razão da ordem tática, do que uma específica individualidade. As diferenças tornam-se absurdas, quando as circunstâncias de jogo provocam mudanças. Enquanto Felipão preocupa-se com o excesso de opções, o treinador Tiago Nunes tem que entender como natural recorrer a Bruno Nazário, Brain Romero, Léo Cittadini, Tomás Andrade e Marcelo Cirino.