46 dias

Há 46 dias, Mário Celso Petraglia foi eleito presidente do Atlético. Pode parecer pouco, mas as promessas foram tantas para uma torcida carente que 46 dias são uma eternidade. Eis o resumo:

1) Humilhando-se à procura de um estádio para jogar, com seu presidente, sem reagir, ao chamado de “leviano e dono de uma prepotência nacional conhecida” pelo Paraná (ah, se fosse jornalista!);

2) Tornando mais medíocre o time rebaixado, pois resgata Ricardinho e Marcelo como soluções, transformando Bruno Mineiro em “esperança”;

3) A Baixada ainda na fase das escavações e das demolições, quando já deveria estar com as obras a todo vapor;

4) Perdendo a cada dia 50 sócios que deixam de pagar;

5) Não cumprindo a promessa de transparência sobre as etapas financeira e física da construção da Baixada;

6) Omitindo que irá hipotecar o CT do Caju ao BNDES;

7) Prometeu construir um estádio por 150 milhões de reais, mas que não sairá por menos de 234 milhões;

Com uma diretoria e um conselho omissos, o Atlético perdeu o rumo. E não se diga que a diretoria administrativa foi profissionalizada. São profissionais que parecem forasteiros contratados para uma única missão, sem nenhum ideal e relação com a causa do Atlético, por conta do dinheiro, lembrando personagens saídos de um filme de Clint Eastwood.

É um desprezo ao sentimento atleticano o silêncio de Mário Celso Petraglia – a sua única referência. A cada dia que passa, a eternidade fica mais próxima.